Em 2008, uma campanha internacional chamou atenção para o desaparecimento de sapos, rãs e pererecas, definindo o período como o Ano do Sapo. O projeto da organização WCS, Sociedade para a Conservação da Vida Selvagem (em português) alertou sobre a vulnerabilidade dos anfíbios em relação a desmatamento, poluição e mudanças climáticas, que os tornou ameaçados de extinção.
A Fundação Parque Zoológico de São Paulo abraçou a causa e inaugurou, em janeiro, uma exposição especialmente dedicada a esses animais em seu parque: O Pulo do Sapo. Fruto de parceria com o Museu Biológico do Instituto Butantan e o Museu de Zoologia da USP, a atração instalada na Casa da Água tem a missão de despertar a consciência sobre a conservação do meio ambiente e mostrar a importância dos anfíbios.
Para isso, oferece à população a oportunidade de observar espécies como o sapo-cururuzinho, a cobra-cega, a perereca-verde-australiana, a rã-do-folhiço, a perereca-grudenta, a rã-touro-africana e outras espécies. Painéis iluminados com textos e fotografias completam a exposição, apresentando informações sobre a vida dos anfíbios e suas estratégias de sobrevivência, além de um vídeo de oito minutos sobre a vida do sapo.
A inserção no universo desses vertebrados sensíveis ao aquecimento global, por possuírem pele fina, que é prejudicada pelas temperaturas extremas, pode ser complementada no Museu Biológico do Instituto Butantan e no Museu de Zoologia da USP, instituições que também os mantêm na coleção. “A ideia da exposição O Pulo do Sapo é que o público visite os três locais, para ter um contato maior com esses e outros animais”, explica a bióloga aprimoranda da Divisão de Ensino do Zoo, Tânia Dubovicky. Ela informa que a mostra é permanente, conta com a presença de monitor, e integra a programação educativa do parque.
Contato com animais
Um pequeno lago ao centro com bichinhos que parecem peixinhos atrai os primeiros olhares de muitos que entram no espaço. Para as irmãs Luana, de 10 anos, e Cristal, de 8 anos, é uma das coisas mais curiosas do Pulo do Sapo. “Aqui a gente pode ver bem de pertinho os girinos”, justifica a mais velha. Mas a pequena logo revela predileção também por um sapo grande, que o considera bonito.
Acompanhando as meninas, a prima Érika Santana dos Santos, moradora das proximidades do Parque, também aprovou a novidade. Conta que aproveitou as férias escolares para proporcionar o passeio às meninas, porque elas moram em região distante. “É bom o contato com os animais”, afirma.
O casal de namorados Rany Silva Sumida e Lucas Platero Martinelli, aproveitou o período de recesso nos estudos para a apreciação das diversas espécies que habitam o Zoo. “Há muito tempo que não vinha ao parque. Estou adorando. Nunca tinha visto tantos sapos como aqui na exposição”, observa Lucas sobre a exposição.
Em relação à lembrança que guardava da visita feita ao Zoo na infância, afirma ter encontrado muitas novidades. “Está bem diferente, a gente vê recipiente de lixo ecológico em todo lugar do parque. É bem interessante”, conclui o futuro universitário, de olho em uma vaga no curso de Medicina, enquanto Rany pretende prestar vestibular para Engenharia.
Serviço
Zoológico de São Paulo
Avenida Miguel Stefano, 4.241
De terça-feira a domingo, das 9 horas às 16h30
Ingressos: de R$ 4,50 a R$ 15
Mais informações: www.zoologico.sp.gov.br
Museu de Zoologia da USP
Avenida Nazaré, 481
De terça-feira a domingo, das 10 às 17 horas
Ingressos: R$ 4 e meia-entrada
Mais informações, www.mz.usp.br
Museu Biológico do Instituto Butantan
Avenida Vital Brasil, 1.500
Ingressos: R$ 6 e meia-entrada
Mais informações, www.butantan.gov.br
Da Agência Imprensa Oficial
