Zôo: Felinos são as principais atrações

A visita aos “animais da noite” começa com um aviso: é interessante apurar os sentidos, para poder observar caso gambás e tatus passem soltos ou corujas e morcegos apareçam, sentir […]

ter, 29/01/2008 - 15h30 | Do Portal do Governo

A visita aos “animais da noite” começa com um aviso: é interessante apurar os sentidos, para poder observar caso gambás e tatus passem soltos ou corujas e morcegos apareçam, sentir o cheiro da mata, os odores das ervas e das essências do enriquecimento e ouvir os sons dos animais. São principalmente os felinos que fazem parte do programa. Domenichelli conta que eles têm hábitos noturnos porque, nesse horário, gastam menos energia para caçar.

A primeira espécie do roteiro é a suçuarana, nome indígena da onça parda, ou cougar e puma. São dois machos, irmãos, que chegaram no Zôo ainda filhotes, trazidos pelo Ibama. O instituto os recolheu após a mãe ser morta, no Tocantins, por caçadores.

A próxima atração, a jaguatirica, está comendo um pintinho, colocado no recinto no processo de Enriquecimento. O biólogo esclarece que a ave foi criada no biotério da instituição especialmente para isso. Informa ainda que o felino é uma fêmea e está sozinha porque sua natureza é de animal solitário, que só não briga com o macho, e apenas quando é hora de cruzar.

Seguem-se, entre outros, o gato pescador, leopardo-das-neves, lince caracol, onça-parda, lobos, tamanduás-bandeira, corujas e até os macacos bugios. Há uma parada defronte ao lago, na qual um belo espetáculo enche os olhos. São vários vaga-lumes piscando. Pode-se ver também o jacaré, que ao ouvir o movimento corre para a água, e vários cisnes negros. A visita aos hipopótamos é longa, pois estão ativos e abrem os bocões para comer as plantas que lhes são oferecidas pelos biólogos. Na verdade, são duas fêmeas, uma delas o animal mais antigo do Zoológico de São Paulo: Tetéia, que chegou adulta ao local em 1964.

A pausa que vem na seqüência é para anunciar o momento de entrar nos bastidores dos grandes felinos. É a entrada no setor de cambiamento, que quem visita o Parque durante o dia não faz. Lá são encontrados o tigre branco, o siberiano, a pantera-negra e também reinam leões e leoas, como sempre muito admirados. Alguns animais de hábitos diurnos também são observados, como camelos e girafas.

Desfecho apetitoso

Para encerrar, um ônibus leva todos ao espaço Dom Pedro, localizado no próprio Parque. Composto de um salão com 300 metros quadrados, área externa com churrasqueira e três anexos de varandas construídos e decorados em estilo colonial. É um local usado para jantares, confraternizações, congressos, palestras, lançamentos de produtos, exposições, coletivas de imprensa, simpósios e minifeiras. É alugado para os interessados.

Em uma das varandas, é servido o lanche que faz parte do desfecho do passeio. Rolando Dutra e o filho Matias, de 12 anos, aproveitam para contar que a visitação foi mais interessante do que imaginavam. Os dois já haviam visto o Parque de dia várias vezes, mas acharam a experiência noturna melhor. “É que os felinos são meus animais preferidos”, diz Matias.

Isadora Cabral, de oito anos, ganhou o passeio dos tios Fernando Gardinali e Tânia Cabral, porque gosta muito de animais. A menina de São José do Rio Preto passa as férias com os tios paulistanos. Fez também a visita à luz do sol, mas diz ter gostado mais do que acabou de contemplar. “É diferente, mais legal, e tem muitas explicações”.

“Achamos interessante a proposta do passeio noturno para ver os grandes animais, que não conseguimos observar direito de dia”, conta Gardinali. Para ele, valeu a pena e deve ficar guardado por bastante tempo na memória da menina. “Ela vai contar para os amigos que foi ao Zôo à noite e talvez eles nem acreditem”.