Wokshop aborda pesquisa em recursos hídricos em SP

Seminário reuniu pesquisadores de várias instituições do Estado

sex, 07/09/2007 - 18h06 | Do Portal do Governo

Valorizar a pesquisa ambiental na área de recursos hídricos, priorizando a interação e o trabalho científico desenvolvido entre as diferentes instituições do Estado. Esse foi o objetivo do wokshop “Pesquisa Científica e Gestão dos Recursos Hídricos no Estado de São Paulo”, realizado nos dias 05 e 06 de setembro, na sede da Secretaria do Meio Ambiente – SMA, em São Paulo, com a participação de especialistas e representantes da comunidade científica. O evento teve a coordenação do Instituto de Botânica – IBt, em conjunto com o Instituto Geológico – IG, Instituto Florestal – IF, Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – APTA e Instituto de Pesca.

O primeiro dia do seminário, quarta-feira, no Anfiteatro Augusto Ruschi, teve em sua abertura a presença do secretário do Meio Ambiente, Xico Graziano, da diretora geral do IBt, Vera Lúcia Bononi, do assessor da APTA, Alceu de Arruda Veiga, representando o secretário da Agricultura, João Sampaio, do diretor geral do IG, Ricardo Vedovello, do diretor geral do IF, Cláudio Monteiro, do diretor geral do Instituto Agronômico, Orlando Melo de Castro, do diretor do Instituto de Pesca, Edson Kubo, e do diretor de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental da CETESB, Marcelo Minelli, representando o diretor presidente, Fernando Rei.

“Este evento, de caráter científico, carrega uma importância pioneira no sistema estadual de meio ambiente. Como parte do projeto Pesquisa Ambiental, um dos 21 Projetos Ambientais Estratégicos do Governo do Estado, apresenta um caráter inovador no sentido de promover a integração de quatro áreas prioritárias de pesquisa nas quais estamos aglutinando pessoas que atuam no sistema e entre instituições”, destacou Graziano, elogiando a atuação de Vera Bononi enquanto coordenadora do projeto.

Ao final, Graziano lembrou que está prevista a criação de um Conselho Científico de Pesquisa Ambiental, “com pessoas realmente representativas. Posso assegurar que aquilo que é prioritário, em termos de orçamento, será atendido”. Segundo o secretário, o governador Serra, “como economista consagrado, nos cobra prioridades.”

Por sua vez, a diretora do IBt explicou que “dentro desse projeto, composto de quatro temas principais, avaliamos a questão dos recursos hídricos como possibilidade de linha de trabalho bastante abrangente, que nos permitiu selecionar áreas de maior número de pesquisadores e, consequentemente, de maior massa crítica”.

A pesquisadora Cacilda Thais Janson Mercante, do Instituto de Pesca, informou que os procedimentos de atuação em pesquisa científica desenvolvidos pelo órgão visam gerar conhecimentos para a melhoria da produção de pesca e da apicultura, tanto marinha quanto continental. Para ela, “a conservação ambiental, no que diz respeito ao manejo sustentável, é de suma importância, uma vez que os organismos aquáticos dependem do meio ambiente para sua sobrevivência”, observou.

Célia Sant’Anna pesquisadora do IBt no segmento de pesquisa ambiental em águas superficiais, falou sobre procedimentos de pesquisa de biodiversidade voltada aos ambientes aquáticos, especificamente, algas e fungos. “O objetivo principal desse estudo é fazer um levantamento desses organismos, buscando aqueles que podem ser usados como bioindicadores da qualidade ambiental das águas, como as cianobactérias, organismos aquáticos que produzem toxinas causadoras de diferentes problemas em águas de abastecimento, classificadas como florações e visíveis como massas de algas na superfície da água”.

Já Denise Bicudo, também do IBt, fez uma explanação sobre eutrofização, processo de poluição de corpos d´água por excesso de nutrientes, que leva à perda da qualidade da água e bioindicadores. Segundo a pesquisadora, a meta das pesquisas envolvendo o assunto é “a recuperação em reservatórios urbanos e a preposição de prognósticos de eutrofização, como uma ferramenta de gerenciamento dos reservatórios do Estado de São Paulo”.

O representante do IF, Maurício Ranzini, abordou o desenvolvimento de metodologias de pesquisa sobre o ciclo hidrológico em área de florestas, com o objetivo de promover artigos científicos, periódicos e evento. E a pesquisadora Luciana Martin R. Ferreira, do IG, fez uma exposição do desenvolvimento de pesquisas sobre os recursos hidro-subterrâneos, atividades antrópicas e os impactos decorrentes. “Essas atividades de pesquisa abrangem caracterização de aquíferos, proteção de recursos hídricos subterrâneos, assim como processos de contaminação do solo e da água subterrânea”, explicou.

Outros especialistas, ainda, deram continuidade ao workshop, apresentando os seguintes temas de desenvolvimento de pesquisa científica: “Ações e Estratégias da Coordenadoria de Recursos Hídricos da SMA na Problemática dos Recursos Hídricos” – Laura Estela Naliato Perez; “Ações e Estratégias da SABESP na Problemática dos Recursos Hídricos” – Armando Flores; “Ações e Estratégicas da CETESB na Problemática dos Recursos Hídricos”- Eduardo Mazzolenis de Oliveira; “Situação atual do Plano Estadual de Recursos Hídricos” – Alexandre Liazi –DAEE; “O papel da educação ambiental na temática água” – Maria de Lourdes Rocha Freire, da Coordenadoria de Educação Ambiental da SMA; “Cenários Ambientais 2020: Abordagem em Recursos Hídricos” – Casemiro Tércio Carvalho, da Coordenadoria de Planejamento Ambiental da SMA.

Wanda Carrilho

Da Secretaria Estadual de Meio Ambiente

(I.P.)