Covas participou da cerimônia em que o BNDES garante R$ 880 milhões para o novo empreendimento
O governador Mário Covas participou na tarde desta quinta-feira, dia 19, da cerimônia de assinatura do contrato de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES) com a Volkswagen do Brasil no valor de R$ 880 milhões. O empréstimo vai apoiar o projeto de produção de uma nova linha de automóveis da montadora alemã, com adaptação e modernização da unidade Anchieta, localizada em São Bernardo do Campo. O financiamento representa menos de um terço dos recursos totais previstos pela empresa para a fábrica do ABC: R$ 2,68 bilhões.
“São Paulo está ganhando mais um importante investimento privado, que somado aos demais nos últimos cinco anos, ultrapassam US$ 100,6 bilhões. É um resultado fundamental para o Estado, sobretudo na manutenção do emprego”, disse Covas. Os novos investimentos no ABC, segundo o governador, não estão acontecendo por acaso.
A região, sustentou ele, vem fazendo um esforço conjunto entre poder público, empresários e trabalhadores, visando sua revigorização e a retomada de investimentos industriais.
Para o prefeito de São Bernardo do Campo, Maurício Soares, além de aquecer a atividade econômica da região e gerar novos tributos, o investimento da Volkswagen simboliza um grande fator psicológico à região, cujo mito era estar “num processo irreversível de desindustrialização”. O secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, José Aníbal, endossou a afirmação. “O ABC está voltando a ser uma região acolhedora de novos investimentos, fazendo contraponto aos pessimistas de plantão”.
Garantia do nível de emprego
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Luiz Marinho, o anúncio do investimento aponta um momento importante para o ABC. Ele ressalvou, no entanto, que o contrato do empréstimo não consta a garantia do nível de emprego por parte da montadora. A queixa, segundo o governador Covas, é bastante razoável.
Herbert Demel, presidente da Volkswagen no Brasil, explicou que com os novos investimentos a empresa será modernizada, tornando-se mais competitiva mundialmente. “A preservação do emprego será defendida o máximo possível”. O mesmo argumento foi dado pelo presidente do BNDES, Francisco Gros. Segundo ele, o empréstimo do banco levou em consideração a preservação de empregos no ABC, a atualização tecnológica do complexo industrial e a estimativa da montadora exportar cerca de 30% de sua produção.
“A forte geração de divisas para o País é um fundamental, O Brasil precisa ser mais competitivo mundialmente”, disse Gros. O presidente do BNDES ainda destacou que cerca de 90% dos componentes e peças para a montadora alemã serão adquiridos no mercado interno, representando impacto positivo em toda cadeia do setor automobilístico.
Gislene Lima
