Videoteca: Memorial da América Latina faz homenagem ao cineasta Glauber Rocha

Mostra gratuita exibe 23 filmes, entre obras do artista, de outros diretores do cinema novo e produções recentes

seg, 14/08/2006 - 11h54 | Do Portal do Governo

Homenagem a Glauber Rocha é a mostra que a Videoteca do Memorial da América Latina realiza este mês, quando se completam 25 anos do falecimento do cineasta baiano. Seus filmes foram um marco no cinema brasileiro. Até hoje, divide-se o cinema brasileiro em antes e depois do cinema novo, movimento do qual Glauber foi o maior representante.

A videoteca exibe 23 filmes, não apenas do cineasta, como também de outros diretores do período do cinema novo, além de produções recentes. Entre as atrações, três filmes de Glauber Rocha premiados no Festival de Cannes: Terra em Transe, O Dragão da Maldade e contra o Santo Guerreiro e Di Cavalcanti.

Confira a programação:

Dias 15 e 30

Canudos. Direção de Sérgio Rezende (1997). A trajetória de uma família que se vê comprometida com os seguidores de Antônio Conselheiro e desenvolve opiniões conflitantes sobre o líder do movimento de Canudos.

Cidade de Deus. Direção de Fernando Meirelles (2002). Jovem negro e pobre cresce na favela carioca Cidade de Deus. Amedrontado com a possibilidade de se tornar um bandido, acaba sendo salvo de seu destino por seu talento como fotógrafo.

Dias 16 e 31

Glauber o Filme, Labirinto do Brasil. Direção de Sílvio Tendler. 2004. Documentário sobre a vida e a morte de Glauber Rocha. Imagens do enterro, depoimentos recentes de quem acompanhou sua trajetória, seu pensamento e idéias.

Dia 16

A Idade da Terra.  Direção de Glauber Rocha. Brasil (1980).  Visão alegórica de um Brasil que busca sua identidade própria em meio ao complexo jogo político e à diversidade racial que compõem o País.

Dia 17

Rio, 40 Graus.  Direção de Nelson Pereira dos Santos (1955). Crônica do Rio de Janeiro, narrada por meio das aventuras de cinco vendedores de amendoim, que se espalham por vários pontos da cidade.

O Grande Momento. Direção de Roberto Santos (1957). No dia de seu casamento, filho de uma família de classe média baixa enfrenta dificuldades para obter o dinheiro necessário para os últimos preparativos.

Dia 18

Arraial do Cabo.  Direção de Paulo César Saraceni e Joaquim Pedro (1960). Documentário. O choque entre a economia tradicional da pesca e o processo de industrialização que se instala em Arraial do Cabo, no litoral fluminense.

Aruanda.  Direção de Linduarte Noronha (1960). Documentário.  Mostra o trabalho cotidiano da comunidade Olho D’água da Serra do Talhado, na Paraíba – fundada em meados do século 19 por um negro liberto.

Dia 19

Porto das Caixas.  Direção de Paulo César Saraceni (1962). Não suportando mais viver ao lado do marido ferroviário, mulher vai a Porto das Caixas em busca de alguém que o mate.

Os Fuzis.  Direção de Ruy Guerra. Brasil (1963).  Em um bolsão de fome no Nordeste, grupo de soldados tenta impedir que população invada e saqueie depósito de alimentos.

Dia 22

Vidas Secas.  Direção de Nelson Pereira dos Santos (1963).  Família de nordestinos vaga errante pelo sertão atrás de melhores condições de vida, mas a seca e a miséria destroem suas esperanças.

Deus e o Diabo na Terra do Sol. Direção de Glauber Rocha (1964). No sertão nordestino vaqueiro mata o patrão e foge com a mulher. Os dois tornam-se seguidores de um líder messiânico, até que o jagunço Antônio das Mortes, a mando dos coronéis e da igreja, mata o velho beato e seus fiéis.

Dia 23

O Desafio.  Direção de Paulo César Saraceni (1965). Impotente diante da repressão imposta pelo regime militar, jornalista entra em crise, agravada pela relação com a amante, esposa de um industrial, que não quer abandonar o lar por causa do filho.

Menino de Engenho.  Direção de Walter Lima Jr. (1965). Menino é enviado a um engenho para ser criado por parentes depois da morte de seus pais.

Dia 24

A Opinião Pública.  Direção de Arnaldo Jabor (1967). Documentário. Investigação sobre as aspirações, receios e perspectivas da classe média brasileira, com depoimentos colhidos nas ruas do Rio de Janeiro na década de 60.

Terra em Transe.  Direção de Glauber Rocha (1967). Num país fictício chamado Eldorado, jornalista combate dois políticos candidatos igualmente corruptos: um populista e outro conservador.

Dia 25

O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro.  Direção de Glauber Rocha (1969). Antônio das Mortes é contratado para matar bando de jagunços numa pequena vila. Lá, encontra um coronel com delírios de grandeza, um professor desiludido, um delegado com ambições políticas, um padre em crise mística e uma mulher solitária.

Macunaíma.  Direção de Joaquim Pedro de Andrade (1969). Nascido numa tribo de índios da Amazônia, um menino negro cresce habituado a ingênuas malandragens. Em busca de uma medalha da sorte, chega a São Paulo, onde, já adulto e branco, reafirma seu comportamento de herói preguiçoso e sem caráter.

Dia 26

Baile Perfumado. Direção Lírio Ferreira (1997). Amigo íntimo do Padre Cícero, o mascate libanês Benjamin Abrahão decide filmar Lampião e todo seu bando, mas o sonho do mascate é prejudicado pela ditadura do Estado Novo.

Abril Despedaçado. Direção de Walter Salles (2001). Em abril de 1910, no sertão, Tonho vive uma grande dúvida. Seu pai quer que ele vingue a morte de seu irmão mais velho, assassinado por uma família rival, mas sabe que, se fizer isso, será perseguido e morto.

Dia 29

Orfeu.  Direção de Carlos Diegues (1999). Orfeu é um popular compositor de escola de samba que se apaixona por Eurídice, jovem recém-chegada à favela em que vive no Rio. Quando a moça é vitimada por uma briga entre traficantes, Orfeu oferece sua própria vida para ter a amada de volta.

Eu, Tu, Eles. Direção de Andrucha Waddington (2000). A história de uma mulher e seus três maridos que vivem juntos no Nordeste brasileiro.

Dia 31

Central do Brasil. Direção de Walter Salles Júnior (1998). Mulher que escreve cartas para analfabetos na estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro, ajuda menino (após a mãe ser atropelada) a tentar encontrar o pai que nunca conheceu, no interior do Nordeste.

SERVIÇO

Memorial da América Latina

Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda – capital

Local de exibição dos filmes:

Biblioteca Latino-Americana Victor Civita:

De segunda a sexta-feira, às 10, 12 e 15 horas

Sábado, às 10h30 e 12h30

Sala de Vídeo do Pavilhão da Criatividade:

Sábados e domingos, às 15 e 17 horas

Entrada franca – Telefone 3823-4600

Da Agência Imprensa Oficial

 

(AM)