VÍDEO: Pacientes doadores de órgãos podem salvar até 10 vidas

Neste domingo (27) é celebrado o Dia Nacional de Doação de Orgãos; São Paulo teve recorde de transplantes até agosto deste ano

dom, 27/09/2015 - 8h39 | Do Portal do Governo

A doação de órgãos tem deixado de ser um tabu no país, o que ajuda a reduzir a fila de pacientes que aguardam por um transplante. Dados recentes divulgados pelo Ministério da Saúde apontaram que, pela primeira vez, 58% dos familiares consultados aceitaram doar os órgãos de parentes mortos, e que o número de pessoas aguardando por um órgão caiu de 60 mil, em 2010, para 38 mil, em 2014. Um avanço, mas é preciso mais.

Neste domingo (27), em que se comemora o Dia Nacional de Doação de Órgãos, o Portal do Governo de São Paulo mostra a importância do tema e apresenta a história da instrutora de volante Valderina Faria, de Diadema, uma das pacientes da fila que teve uma segunda chance de viver (veja o VÍDEO acima).

Depois de contrair o vírus da dengue, ela descobriu que seu fígado estava totalmente comprometido por uma hepatite fulminante, rara consequência da doença. “O médico disse que tinha pouco tempo de vida e precisava de um doador o mais rápido possível, senão seria induzida ao coma”, lembrou. “Pedi muito para Deus, implorei mesmo. E tive a notícia, pouco tempo depois, que tinham conseguido”.

Transplante raro
Há várias ocorrências na Índia e Sudeste Asiático de pessoas que foram infectadas pelo mosquito da dengue e tiveram inflamações graves no fígado, mas na literatura pesquisada não foram encontrados nenhum caso no mundo de hepatite fulminante por dengue que tenha passado por transplante.

Valdenira está entre os 1.100 pacientes operados nos últimos 5 anos no Hospital de Transplantes Dr. Euryclides de Jesus Zerbini, referência no tema em todo o estado de São Paulo.

Segundo o hepatologista Carlos Baía, que acompanhou o caso da paciente no Hospital dos Transplantes, é preciso conscientizar mais as famílias sobre a importância de se doar os órgãos. “É fundamental fazer com que elas entendam que a doação pode significar uma nova vida para várias pessoas”, esclarece. “Um doador bem cuidado pode dar uma nova oportunidade de vida para até 10 pessoas”, ressalta Baía.

No Brasil, a captação de órgãos só acontece quando a morte cerebral é constatada e há autorização da família para a doação

Panorama paulista
Até o fim do mês de agosto, foram realizados no estado de São Paulo 1.546 transplantes, sendo 99 de coração, 1.041 de rim, 366 de fígado e 40 de pulmão.

Neste ano, a média de transplantes mensal no estado já é equivalente a de 2014, quando foi atingido o número recorde de 2.343 transplantes de órgãos. Os dados de 2014 representam o dobro dos 1.208 transplantes realizados em 2004.

Atualmente há 12.270 pessoas na fila de espera por um órgão no Estado.

Saiba mais
Conheça os procedimentos para doação no site da Associação Brasileira de Transplantes de Orgãos.

Do Portal do Governo do Estado