Uma das propostas discutidas pelo governo paulista em Brasília é a que pretende beneficiar 44.353 mil famílias que residem às margens das represas Guarapiranga e Billings. O projeto da Secretaria Estadual de Saneamento e Energia prevê a construção de unidades habitacionais, redes coletoras, guias, sarjetas em 45 favelas que circundam a área.
Com isso, a idéia é por fim ao lançamento de dejetos nas represas Guarapiranga, responsável pelo abastecimento de 4 milhões de pessoas da zona Sul da Capital, e Billings, encarregada de fornecer água para 1,6 milhão de habitantes da região do ABC paulista.
Nesse projeto, batizado de Manancial, o governo estadual pretende aplicar R$ 1,09 bilhão, sendo R$ 600 milhões provenientes do PAC. A contrapartida será retirada do próprio orçamento estadual e também de empréstimos aprovados juntos a organismos internacionais como o Japan Bank for International Cooperation (JBIC) e Banco Mundial.
Para o Secretário-adjunto de Saneamento e Energia, Ricardo Toledo, com a medida São Paulo estará dando um importante passo no sentido de aliar a melhoria na qualidade de vida da população com políticas que incentivam a preservação do meio ambiente.
“O governo estadual está encarando com realismo o problema e o colocou dentro de nossas políticas de saneamento”, avaliou Toledo. Ele lembra que além de beneficiar diretamente o cotidiano das famílias da região, os investimentos “são uma questão de saúde pública”.
Toledo explicou que a liberação dos recursos vai permitir que a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) direcione investimentos na elaboração de planos de apoio aos municípios e consórcios. “Nossa capacidade de resposta em atender a demanda de várias cidades cresce”, frisou Toledo.
Cleber Mata
