Alckmin informou que a falta de esgoto tratado nessa região de alta densidade polui o braço Itaquaquecetuba da Represa Billings
Alckmin autorizou a execução de obras de mais um lote da 2ª Etapa do Projeto Tietê
Governador observa o local que será executada as obras
O bairro de Vargem Grande, no extremo sul da capital, terá esgoto coletado e tratado. Nesta quinta-feira, dia 30, o governador Geraldo Alckmin autorizou a execução de obras de mais um lote da 2ª Etapa do Projeto Tietê, o maior programa de saneamento ambiental do país. O objetivo é a recuperação do rio.
Na 1ª etapa, o Projeto Tietê recebeu investimentos de R$ 1,1 bilhão para a ampliação da coleta e tratamento de esgoto. Com isso, a mancha de poluição do Tietê recuou 120 quilômetros. Nesta 2ª fase, a prioridade é para as obras que conduzem o esgoto para estações de tratamento.
Serão realizadas obras de adequação do sistema metropolitano de distribuição de água, nos setores de abastecimento Avenida Araçá e Parelheiros, orçadas em R$ 47,3 milhões, e também as obras complementares de esgoto sanitário, no valor de r$ 285,2 milhões.
O bairro de Vargem Grande, com cerca de 180 mil habitantes, está localizado numa área de proteção ambiental. Ele fica numa cratera formada há milhões de anos pela queda de um meteorito. O governador explicou que o esgoto do bairro será coletado e enviado por emissários para Barueri. “O emissário, que tem 3,5 metros de diâmetro, segue paralelo ao Rio Pinheiros, vai até o Cebolão e, de lá, para Barueri. São mais de 23 quilômetros de túneis e outros 23 para chegar até a estação de tratamento. O esgoto será transportado por quase 50 quilômetros porque a estação de tratamento mais próxima é a de Barueri”, disse.
Alckmin informou que a falta de esgoto tratado nessa região de alta densidade, que fica na bacia dos rios Capivari e Monos, polui o braço Itaquaquecetuba da Represa Billings.
A obra deve estará concluída em um ano. A previsão é que as obras de implantação da rede sejam concluídas em seis meses. Após essa obras, serão construídas as estações elevatórias. “As casas do bairro ficam no fundo da cratera. Será necessário erguer esse esgoto. Para isso, serão construídas três estações elevatórias para que o esgoto seja colocado no emissário e enviado para a estação de tratamento”, destacou o governador.
“Essa região de Vargem Grande sempre teve problema com o Ministério Público com a questão ambiental. Nós conseguimos, depois de muita luta, colocar saneamento. Foi colocada a rede de água, que não tinha, e agora a rede de esgoto”, lembrou o governador.
Ele também ressaltou que a população do bairro está consciente de que vive numa área de proteção ambiental. “Há um trabalho permanente para a preservação da área”, disse.
R$ 340 mil para retirar teor de ferro da água
Além das obras de coleta e tratamento de esgoto, a Sabesp vai investir R$ 340 mil para retirar teor de ferro da água que abastece a região. Como não há rios nas proximidades, o bairro é abastecido por água retirada de poço e embora ela seja potável, foi detectado um teor a mais de ferro na água. A Sabesp vai implantar um sistema de tecnologia para filtrar a água e reduzir o teor de ferro. O prazo da obra é de seis meses.
Cíntia Cury
