Válvula inventada por alunos da Unesp conquista segundo lugar em prêmio de engenharia

Mecanismo reduz consumo de energia e pode baratear o custo de fabricação das geladeiras

qui, 29/04/2010 - 20h00 | Do Portal do Governo

Uma válvula de expansão inteligente, que regula o processo de resfriamento das geladeiras, gastando menos eletricidade, rendeu prêmio a uma equipe da Faculdade de Engenharia (Feis), câmpus de Ilha Solteira. Os pesquisadores conquistaram o segundo lugar na categoria Engenharia do Prêmio Whirlpool Inova 2009/2010. A competição é promovida pela empresa Whirlpool, fabricante dos produtos das marcas Brastemp e Consul.

“Criamos um produto competitivo para a disputa, mas também para o mercado de eletrodomésticos, que investe cada vez mais em equipamentos que tornem o consumo de energia mais eficiente”, afirma João Fábio Parise de Lara, graduando do 5º ano de engenharia macânica. Além dele, fazem parte da equipe o mestrando em Engenharia Mecânica Cássio Thomé de Faria e os professores José Luiz Gasche e Vicente Lopes Júnior.

Os alunos ganharam R$ 6 mil, e a Universidade, R$ 10 mil para investimento em laboratórios na unidade. Foram cerca de duzentos times de todo País. Na final, dez grupos foram selecionados na categoria Design e outros dez na categoria Engenharia. Apenas cinco foram premiados em cada quesito. O 1º lugar em Engenharia ficou com os estudantes da Fundação Educacional Inaciana (FEI), de São Bernardo do Campo (SP), por um invento que economiza água em máquinas de lavar.

Sistema digital

“As geladeiras atuais utilizam o tubo capilar como mecanismo de regulação do refrigerante, um fluido usado para fazer o eletrodoméstico resfriar”, explica Gasche. A válvula de expansão inteligente inventada pelos pesquisadores seria um substituto a esse equipamento, com vantagens econômicas tanto no consumo de energia como na instalação dentro do refrigerador.

Sua atuação é parecida com a da válvula de expansão termoestática, mas o novo dispositivo é mais barato e tem um controle do sistema de refrigeração digital. Funciona assim: a primeira precisa de uma ação mecânica para acionar o dispositivo que faz a máquina gelar. Nesse caso, é necessário que a geladeira fique muito quente para o aparelho detectar a necessidade de baixar a temperatura. No modelo apresentado pela Feis, essa ação é controlada automaticamente e com mais sensibilidade ao calor. Assim, o refrigerador não precisa esquentar tanto para começar a esfriar, gastando menos eletricidade.

Da Unesp