Enquanto apenas 15% da população do mundo são beneficiados com esgoto sanitário, no Vale do Ribeira, a situação é bem diferente. Hoje, contam com serviços de coleta e disposição final dos esgotos 60% dos moradores atendidos pela Sabesp nos 18 municípios da região. Aliás, considerando-se apenas as sedes municipais, onde há maior concentração de pessoas, o índice de atendimento com esgotamento sanitário no Vale do Ribeira é ainda mais alto: chega a 70%.
Até 1995, o Vale do Ribeira contava apenas com oito estações de tratamento de esgotos (ETEs), responsáveis pelo tratamento de 20% dos esgotos coletados na época. Agora, em 2001, já existem 33 unidades de tratamento, que dão conta de 75% de todo o efluente coletado.
No momento, mais cinco novas estações encontram-se em construção na região, com previsão de conclusão ainda para este ano, quando será possível aumentar os índices de tratamento para 95%.
Destas cinco, a estação localizada na cidade de Iguape está praticamente pronta e a de Cajati deve ser concluída nos próximos meses. Quando as duas entrarem em operação, a Unidade de Negócio Vale do Ribeira da Sabesp estará atendendo, com tratamento de esgotos, a todas as sedes municipais, feito ainda não verificada em outras regiões brasileiras.
A significativa evolução dos serviços nestes últimos seis anos teve reflexo direto na diminuição dos índices de mortalidade infantil na região e aumento da expectativa de vida.
O exemplo mais expressivo é o de Iporanga, onde a taxa de mortalidade infantil, em 1995, era de 68 por mil nascidos vivos, e em 1999, chegou a zero. De acordo com dados da Fundação Seade, todas as crianças que nasceram em Iporanga, neste ano, sobreviveram ao primeiro ano de vida.
Também em 1999, metade dos municípios localizados na área de atuação da Unidade do Vale do Ribeira apresentou taxas de mortalidade bem mais baixas que as verificados na média do Estado de São Paulo.
O trabalho da Sabesp para diminuição destes números foi inegável. Entre 1995 e 2000, a Empresa investiu R$ 72,4 milhões em todo o Vale do Ribeira, implantando e ampliando os sistemas de coleta e tratamento de esgotos, além de todas as obras necessárias para a universalização do abastecimento com água tratada.
São Lourenço – O município recebeu, em fevereiro deste ano, um grande investimento em esgotamento sanitário. Três obras foram executadas pela Sabesp, contemplando a sede e os bairros Paiol do Meio e Despézio. Os investimentos ultrapassaram R$ 2,1 milhões, com benefícios diretos a 5.700 moradores.
Foram construídas duas estações de tratamento de esgotos: a primeira, com lagoas anaeróbias e facultativa, para o tratamento dos esgotos coletados na sede do Município e no Despézio. A segunda, do tipo fossa filtro, foi idealizada para atender especificamente à população do Paiol do Meio.
Atualmente, a situação do saneamento básico em São Lourenço da Serra é radicalmente oposta à encontrada em 1995. De lá para cá, a cidade recebeu investimentos de R$ 3,7 milhões para implantação e melhorias dos seus sistemas de água e esgotos.
