Vagas na construção civil aumentaram 18,3%

O número de vagas aumentou 18,3% em 2007

qua, 19/03/2008 - 11h42 | Do Portal do Governo

Demografia: bônus X ônus 

Bônus: A pesquisa realizada para produzir o diagnóstico aponta, com relação à população do Estado, redução na taxa de natalidade da população e expectativa de vida em crescimento, entre 1970 e 2000. Há projeção, para os próximos 20 anos, de crescimento relativo da população idosa, estabilidade da população jovem (zero a 14 anos) e aumento da população potencialmente ativa (de 15 a 64 anos).  

Ônus: Em 2006, 42% da população acima não havia completado o ensino fundamental. Eis o ponto crítico que pesa sobre a sociedade e obriga a refletir que a qualificação deve dar ênfase, nessa faixa etária, à qualificação com reforço do ensino básico. Quase que uma nova oportunidade de voltar à escola.  

Emprego  

De modo geral, em todas as regiões do Estado, a construção civil foi o setor que mais demandou mão-de-obra (crescimento de 18,3% no número de vagas) em 2007. Em seguida estão comércio (7,1%), indústria (6,1%) e serviços (4,9%). A agropecuária praticamente não evoluiu (0,6%) na criação de novas vagas.

O emprego formal cresceu em praticamente todas as regiões paulistas. As de maior dinamismo foram as regiões administrativas de Ribeirão Preto (7,5%), Bauru (7,0%), São José do Campos (6,4%), São José do Rio Preto (6,3%), Campinas (6,2%) e Região Metropolitana de São Paulo (6,2%). As que criaram vagas com menor intensidade foram as de Registro (2,7%) e Franca (3,8%). A região de Barretos foi a única a apresentar variação negativa (-2,1%) em 2007.

Entre os homens, as ocupações com maior expansão de postos de trabalho foram servente de obras, alimentador de linha de produção e faxineiro. Já trabalhador da cultura de cana-de-açúcar, supervisor administrativo, trabalhador agropecuário em geral e vigia foram as profissões com pior desempenho, com redução do número de vagas. No caso feminino, as ocupações com melhor desempenho foram alimentador de linha de produção, operador de telemarketing e atendente de lanchonete. Supervisor administrativo e inspetor de alunos de escola pública apresentaram saldo negativo.

A pesquisa identificou que 525 municípios possuem alguma unidade de atendimento a trabalhadores e empresas – como os Postos de Atendimento ao Trabalhador – PATs, Centros de Atendimento ao Trabalhador – CATs, Balcões de Emprego, Centros Públicos de Atendimento ou outras instalações.  

Qualificação profissional 

O diagnóstico aponta carência de pessoal qualificado para determinadas ocupações, o que constitui o “apagão da qualificação profissional”. É o caso da construção civil, em que sobram vagas e faltam profissionais qualificados – curso para pedreiro é o mais solicitado nas oficinas. Nesse setor estão as ocupações que mais cresceram em número de vagas, o que comprova o “boom” da construção civil.  

Há demanda por 159 mil vagas de cursos de qualificação. Essas e outras informações sobre cursos foram levantadas em 89 oficinas de trabalho feitas em cidades com mais de cem mil habitantes, sedes de região de governo ou de relevância estratégica na microrregião. Detectaram-se as demandas por cursos a partir da visão da prefeitura, postos ou centros de intermediação de mão-de-obra, sindicatos de trabalhadores, sindicatos e associações patronais, instituições de educação profissional, entidades locais vinculadas ao Sistema S, organizações representativas da sociedade civil local e Comissão Municipal de Emprego. 

Em 43 das 89 oficinas registrou-se a necessidade de oferecer cursos para qualificação ou requalificação de pedreiros. A seguir estão as ocupações com maior demanda.