USP: Estudantes promovem o 2º Fórum de Editoração

Fórum acontece no próximo domingo

sex, 06/10/2006 - 21h41 | Do Portal do Governo

Os esforços de divulgação, marketing e vendas visam a desenvolver a leitura ou se limitam a promover o negócio do livro? Com esta preocupação de questionar as práticas do mercado editorial, estudantes de Editoração da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP organizam no Museu de Arte de São Paulo (Masp), o 2º Fórum de Editoração. Em uma verdadeira “jornada do livro”, das 9h às 18h, o Fórum acontece no próximo domingo, 8 de outubro.

Os critérios considerados na criação de um plano de marketing para o lançamento de um livro serão discutidos já na primeira das quatro mesas de debates: Marketing editorial e formas de divulgação. “Achamos interessante pegar casos famosos de best sellers. O que os editores fizeram para lançar livros como o de Bruna Surfistinha?”, conta Victor Malta, do segundo ano de editoração. Para contrapesar fatores de ordens diferentes, como número de vendas e estímulo à leitura, os participantes podem contar com a presença de um editor da área comercial, Marcelo Duarte, da Editora Panda (a mesma que lançou o supracitado livro) e de uma profissional do Marketing Cultural, Fernanda Freire, que conta com a Lei Rouanet de Incentivo à Cultura em seus projetos.

As feiras de livros, evento literário de importância crescente, também entram em pauta neste Fórum: promover o mercado do livro ou incentivar a leitura e disseminar a cultura, qual é seu objetivo afinal? O painel Feira de livros: consumo de cultura ou cultura do consumo foi pensado para discutir o papel e responsabilidade social de acontecimentos como a Bienal Internacional do Livro e até mesmo a Feira do Livro que acontece na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciencias Humanas (FFLCH) da USP. Este último evento costuma ser muito esperado pelos estudantes do Campus da capital por, anualmente, vender livros com grandes descontos: “uma forma das editoras driblarem as distribuidoras, que acabam encarecendo muito o preço dos livros”, observa Carla Bitelli, também organizadora do Fórum.

E você, leitor, a quem recorre quando procura por um livro? O painel Sebos, livrarias, bibliotecas e o direito de escolha do leitor coloca os centros de divulgação do livro no epicentro das discussões.“O que fazem para atrair os leitores? O que faz uma pessoa ir a um sebo e não em uma livraria? E porque ele não vai a uma biblioteca onde o livro é de graça?”, são algumas questões norteadoras deste quadro, levantadas por Carla.

Outra opção cada vez mais real para quem está atrás de leitura é o livro digital. Na mesa Livro digital: como e por quê será discutida como a versão eletrônica do livro de papel interfere na própria leitura, dentre outras questões. “Não queremos cair na discussão de se o livro digital vai substituir o livro impresso ou não, mas o que ele traz de novo, como tem funcionado”, explica Victor. Para tanto, os estudantes convidaram Jack London, representante da Google Print no Brasil, empresa que disponibiliza versões digitais de livros na Internet, e Adriana Ferrari, diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP, já que é cada vez mais comum que bibliotecas coloquem seus artigos científicos na grande rede de computadores.

Da USP