USP: Alunos da Poli podem obter também diploma de universidades estrangeiras

Hoje a Poli tem convênio com 15 faculdades da França e duas da Itália

ter, 05/09/2006 - 14h36 | Do Portal do Governo

Se um diploma da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP) já é uma vantagem no mercado de trabalho, o que dirá dois diplomas, sendo o segundo de uma renomada escola de Engenharia da França ou da Itália!

Esse privilégio está assegurado aos alunos da Poli que participam do programa de duplo diploma, instituído pela Escola em 2001. Por meio desse programa, eles têm a possibilidade de estudar em conceituadas instituições de ensino estrangeiras conveniadas com a Politécnica. Assim, terminam a graduação com dois diplomas, o da Poli e o da faculdade estrangeira escolhida.

Hoje a Poli tem convênio com 15 faculdades da França e duas da Itália. Do primeiro país, os alunos podem escolher entre 15 Grandes Escolas: Écoles Centrales de Paris, de Lyon, de Lille, de Marseille e de Nantes, Écoles Nationales Supérieures de Chimie de Paris, de Lille, de Montpelier e de Bordeaux, Écoles Nationales de Mines de Paris, de Saint-Etienne e de Nancy, a École Nationale Supérieure de Techniques Avancées, a École Polytechnique e a École Nationale des Ponts et Chaussées. Na Itália, as opções são os Politecnicos de Turim e de Milão. Além dessas, a Poli está negociando convênios com a Technische Universität de Darmstadt, na Alemanha, e as universidades politecnicas de Madri e da Catalunha, na Espanha.

O aluno interessado em participar do programa de duplo diploma pode se inscrever no processo seletivo, depois de ter completado no mínimo o quarto semestre de seu curso na Poli. “A seleção inclui análise de currículo e histórico escolar, entrevista e prova. Se for aprovado, ele vai para o exterior depois de ter completado o sexto semestre no Brasil”, explica o professor Oscar Brito Augusto, presidente da Comissão de Graduação da Poli. “O programa tem duração de dois anos, quando então o aluno volta para completar o seu curso na Poli”. Quem participa do programa duplo diploma se forma em seis anos e não em cinco como os demais. O ano extra de estudos, porém, é compensador para o aluno. “Além de ser um diferencial no mercado de trabalho no Brasil, o diploma de qualquer das escolas conveniadas é reconhecido em todos os países da Comunidade Européia”, acentua o professor Oscar Augusto.

Desde que o programa duplo diploma começou, 141 alunos da Poli foram estudar no exterior, dos quais 11 em 2001, 23 em 2002, 22 em 2003, 26 em 2004 e 59 no ano passado. Da França e da Itália vieram estudar na Poli 27 alunos, sendo seis em 2003, quatro em 2004 e 17 em 2005. “Neste ano de 2006 deveremos enviar cerca de 60 alunos”, calcula Marlei Pirozelli Navalho, diretora técnica da Comissão de Relações Internacionais da Poli. “De lá para cá, deverão vir algo em torno de 15 estudantes.”

Os cursos são gratuitos, mas tanto os brasileiros que vão como estrangeiros que vêm devem custear todas as demais despesas, como transporte, alimentação e moradia. “Mas existem bolsas, oferecidas pelos governos, por empresas ou pelas próprias instituições”, diz Marlei. “No passado, por exemplo, dos 59 alunos que foram estudar no exterior, 40 conseguiram bolsas.”

Aproveitamento de crédito 

Além do programa de duplo diploma, os alunos da Poli têm uma outra opção para estudar no exterior. São os convênios de intercâmbio com instituições de ensino de 12 países (Alemanha, Austrália, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Israel, Itália, Nova Zelândia, Portugal e Reino Unido e Suécia). Nesse caso, a participação no programa não dá direito a duplo diploma. O aluno fica de quatro meses a um ano estudando algumas disciplinas numa das instituições conveniadas. Essas disciplinas podem substituir outras equivalentes que ele teria na Poli ou ser acrescentadas a seu histórico escolar. No ano passado, 80 alunos foram estudar no exterior por meio desse programa de intercâmbio. Em contrapartida, 23 estrangeiros vieram estudar na Poli.

Sobre a Escola Politécnica

Uma das mais renomadas instituições de ensino superior na área de Engenharia, a Escola Politécnica oferece, anualmente, 750 vagas para os alunos aprovados no processo seletivo da Fuvest. São 13 habilitações, que possibilitam ao aluno se especializar nas mais diversas áreas – da tradicional Engenharia Civil, passando pela Naval, Minas e Petróleo, à Energia e Automação Elétricas, Computação e Telecomunicações.

A Poli também oferece cursos nos quais o aluno alterna atividades acadêmicas com módulos de estágios, que podem ser desenvolvidos tanto no Brasil como no exterior, em empresas ou em laboratórios de pesquisa de universidades.

Localizada na Cidade Universitária, em São Paulo, a Poli possui 9 edifícios, ocupa uma área de 141.500 m2 , onde estão localizados 15 departamentos de ensino e pesquisa, 8 bibliotecas e dezenas de laboratórios. Com 473 docentes, quase todos com título de doutor, a Poli se destaca por colocar no mercado engenheiros versáteis, com uma formação ampla que lhes dá condições de se adaptarem e acompanharem a evolução da ciência e da tecnologia.

Da Assessoria de Imprensa