A quarta-feira, 28, foi dia de colocar o corpo em movimento em unidades prisionais da Secretaria da Administração Penitenciária. Seguindo o calendário anual, que estabelece a última quarta do mês de maio como o “Dia Mundial do Desafio”, servidores e reeducandos da Penitenciária de Lucélia e do Instituto Penal Agrícola ‘Professor Noé Azevedo’ de Bauru pararam suas atividades por alguns minutos no período da manhã e se dedicaram à prática de atividades físicas.
O evento acontece simultaneamente nos cinco continentes e é realizado em forma de competição entre cidades que possuem, basicamente, o mesmo número de habitantes. Porém, o objetivo maior da disputa não é só chegar a um vencedor, mas principalmente proporcionar uma oportunidade para que as pessoas cultivem o hábito de praticar alguma atividade física em seu cotidiano.
Este ano, o município de Lucélia competiu com a cidade argentina de Las Toscas. O sorteio eletrônico também colocou Bauru disputando com a mexicana Santa Catarina. Assim como os demais moradores das duas cidades do interior de São Paulo que participaram do “Dia do Desafio”, as unidades prisionais nelas instaladas, também se mobilizaram para aumentar o número de participantes e, conseqüentemente, as chances de conseguir uma boa colocação frente às demais concorrentes ao redor do mundo.
Na Penitenciária de Lucélia, 29 servidores se reuniram no pátio da unidade e se exercitaram por 25 minutos. Em Bauru não foi diferente; cerca de 30 funcionários do IPA participaram com ginástica laboral, sob orientação da fisioterapeuta Izabelle Zolla. As atividades entre os servidores foram elaboradas pela Equipe Técnica e supervisionadas pela diretora do Núcleo Interdisciplinar de Reabilitação, Sueli Benedita Pardo Correa. O diretor do Núcleo de Educação do IPA, João Honorato Filho acompanhou os reeducandos. Além das atividades físicas, eles deram um “abraço simbólico” no prédio onde funcionam a escola e biblioteca do Instituto. Para Honorato contou com o apoio de estagiários da Fundação de Amparo ao Preso (Funap) e demais servidores da unidade.
“Entendemos que a participação de unidades prisionais em eventos desta natureza, além de contribuir com a reintegração social do homem preso, também aproxima o cárcere da sociedade em geral, pois ela precisa conhecer e se envolver com as questões penitenciárias, derrubando barreiras e criando vínculos”, alertou o diretor do IPA, Jorge Aparecido Bento de Camargo.
Da Secretaria da Administração Penitenciária
(L.F.)
