Unidade da Polícia Militar paulista ganha prêmio por cuidados ambientais

Medidas de preservação ecologicamente corretas fazem parte do cotidiano

qui, 20/12/2007 - 14h12 | Do Portal do Governo

Medidas para reduzir o consumo de água e energia, reaproveitamento de cartuchos de munição e reciclagem de óleo de cozinha e de copos marcam o cotidiano do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (CFAP) da Polícia Militar paulista. Essa preocupação com o meio ambiente foi reconhecida no final do mês de novembro, quando a unidade recebeu o Prêmio Gestão Banas 2007, em virtude das iniciativas adotadas.

As atividades do CFAP são realizadas há 33 anos na Avenida Condessa Elizabeth Robiano, no bairro do Belém, zona leste da capital. O centro é comandado pelo coronel Isidro Suita Martinez e tem como responsáveis pelo setor de gestão e qualidade o tenente Baptista, a tenente Berbel e o sargento Marcos.

Recentemente foi concluída a reforma geral na parte de iluminação do quartel. Foram trocadas todas as luminárias e as lâmpadas, com o objetivo de reduzir os gastos de energia. Há também estudo específico para diminuir o consumo de água. Em todas as seções do CFAP tem uma caixa com a indicação de onde devem ser colocados os materiais recicláveis. “A melhora é visível porque a unidade fica mais organizada, mais disciplinada e as pessoas mais conscientes das questões do meio ambiente e qualidade”, observa o sargento Marcos.

Os alunos recebem constante orientação e os responsáveis pelo setor de gestão e qualidade fiscalizam se as normas estão sendo seguidas. “O trabalho é de longo prazo, mudar o comportamento habitual demora”, ressalta o sargento Marcos. Segundo ele, a certificação do prêmio é válida por três anos e existe acompanhamento anual do trabalho desempenhado. 

Monitoramento – Por meio de gráficos, tudo é analisado. “Existe um quadro de indicadores utilizado para o monitoramento do consumo de água, da energia, reaproveitamento de cartucho de munição, reciclagem de óleo de cozinha e de copos”, ressalta o tenente Baptista. O consumo, no entanto, varia de acordo com a quantidade de alunos. As normas são adaptadas à realidade local.

No CFAP, o curso para tenentes conta com a disciplina de gestão e qualidade que ensina educação ambiental. “Hoje temos 600 alunos. Quando se formarem, comandarão subgrupos de pelo menos 10 ou 15 policiais. Serão profissionais falando sobre o meio ambiente para a família, os amigos e outros da área. A idéia é plantar a semente e disseminá-la”, afirma a tenente Berbel.

O óleo utilizado para fritura é reciclado. Quando o tambor desse material enche é repassado para uma empresa terceirizada. Com ele são produzidos sabão e produtos de limpeza. Os alunos são orientados a usar apenas um copo nas refeições (são servidas em média mil por dia). A sobra e o papelão são separados, bem como o lixo orgânico.

Os pedaços de troncos viram serragem, para ser colocada na parte de resíduo do estande por causa do chumbo e diminuir a possibilidade de contaminação do solo. Essa área de tiros tem o chão cimentado. Na parte de trás desses troncos também há cimento. “A finalidade das toras é segurar o chumbo. Quando você atira, a munição entra e fica lá. Quanto ao chumbo que bate e cai no solo, é feito o recolhimento”, explica a tenente Berbel.

É realizada também coleta separada de seringa. No consultório do dentista tem caixas para colocar as agulhas e as películas de radiografia. Além disso, há um ralo separado onde caem os resíduos de obturações, que depois são armazenados, ou seja, não chegam ao esgoto comum. O lixo hospitalar fica sempre suspenso, para que não haja contato com o solo, e é retirado uma vez por semana. 

Dalila Penteado

Da Secretaria de Segurança Pública