Unicamp: Oficina de arte faz sua primeira exposição aberta ao público

Até o dia 28 de fevereiro, mostra coletiva apresenta trabalhos de 25 artistas de Campinas e região

sáb, 10/02/2007 - 12h24 | Do Portal do Governo

A primeira mostra coletiva da “Oficina de arte” de Arvid Duduch, aberta na quinta-feira, 08/02, no Espaço das Artes da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, reuniu 25 artistas de Campinas e região. Alguns deles são docentes e funcionários da Unicamp, como Neiva Sellan L. Gonçales, docente e pesquisadora do Hemocentro; Elza Taeko Dói e Ilme Smits, ambas do Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) e Maria Aparecida Remédio, encarregado do setor de conservação e restauração do Arquivo Edgard Leuenroth (AEL), do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH).

São mais de 60 quadros de técnicas variadas, entre elas aquarela, desenho, giz pastel, grafite e óleo sobre tela. Independente da idade – Duduch tem alunos de 8 a 80 anos – alguns deles começaram a pintar depois que se aposentaram. Uma referência a essa tendência é o quadro “Aposentadoria” da professora de alemão Ilme Smits. “São duas cadeiras com um chapéu sob uma paisagem relaxante e bucólica”, disse, referindo-se ao descanso merecido e ao tempo conquistado para se dedicar à arte.

A mesma experiência passou Nina Esteves quando se aposentou e deu asas à imaginação. Além de viajar muito, trouxe na bagagem imagens pitorescas que depois transformou em aquarelas. É o caso da série “Caminhos de Goiás”, que deu origem a 12 quadros da cidade de Cora Coralina. “Trabalhei a vida todo como professora de português e francês. Depois que me aposentei, fui para Paris conhecer o rio Sena, influência de meu professor de francês do ginásio, e outras cidades”, comentou, explicando que o incentivo e a escolha de um bom professor de pintura são fundamentais para o desenvolvimento das habilidades artísticas, assim como o de outro idioma.

Maria Aparecida Remédio tem a pintura como hobby. Acostumada a lidar diariamente como papéis, livros e jornais até mesmo do século passado, a pintura é a forma “light” para relaxar. “Tenho em minha casa uns 100 quadros. Não costumo vendê-los. Mas para quem eu vejo que gostou realmente do trabalho, acabo dando de coração”, revelou a restauradora.

O próprio mestre e incentivador de seus alunos só começou a se dedicar à pintura após a aposentadoria. “Trabalhei até 1997 na área de eletroeletrônica. Após me aposentar, passei dois anos fazendo um intensivão em São Paulo, com o professor da Faculdade de Belas Artes, Luiz Zeminiam, em sua escola livre de pintura. Abri a “Oficina de arte” em 2000 e de lá para cá não larguei mais dos pincéis, paixão antiga desde a época da juventude”, disse Duduch, deixando como exemplo uma célebre frase de Monet: “Estou com quase 90 anos e continuo aprendendo a pintar”.

A I Mostra coletiva Duduch – Oficina de arte fica em cartaz até o dia 28 de fevereiro, das 8h30 às 17h30, no Espaço das Artes da FCM.

Do Portal da Unicamp

(R.A.)