Nesta segunda-feira (30), 15 técnicos da Petrobras chegaram à Unicamp para participar do curso de especialização em “Petrofísica Aplicada à Avaliação de Formações”. Realizado em parceria com o Instituto de Geociências, a Faculdade de Engenharia Mecânica, o Centro de Estudos de Petróleo (Cepetro) e a Petrobras, o curso de 732 horas tem como objetivo capacitar profissionais da companhia que possam dominar as ferramentas de informações petrofísicas e, a partir delas, participar do processo de decisão sobre as explorações. De acordo com Saul Suslik, diretor do Cepetro, a petrofísica oferece tecnologias eficientes na área de formações de jazidas, mas ainda são dominadas por empresas de serviço internacionais.
Segundo o gerente de avaliação de formação e petrofísica da Petrobras, Ricardo Pinheiros Machado, a parceria com a Universidade é importante no sentido de criar massa crítica que possa ajudar e preparar para o trabalho na área de petrofísica. Machado explica que a interpretação eficaz das informações petrofísicas favorece a tomada de decisão dos geólogos no momento de avaliar se existem ou não jazidas a serem exploradas em determinado local. Este é um dos enfoques do curso: ter técnicos cada vez mais capacitados para entender a complexidade dos dados.
Para o gerente-geral de avaliação de formações e operações exploratórias da Petrobras, Gilberto Carvalho Lima, os profissionais devem estar cada vez mais capacitados para entender a complexidade dos poços. Ele explicou que hoje a Petrobras trabalha em fronteiras geológicas de bacias e rochas, e os reservatórios são complexos e pouco conhecidos. O professor Suslik acrescenta que as informações chegam muito fragmentadas e que as ferramentas desenvolvidas acabam sendo muito úteis para definir o que é ou não um reservatório.
Lima disse que a Unicamp demonstra competência na área de reservatórios e agora a Petrobras deseja intensificar as oportunidades de parceria na área de exploração. O acordo assinado entre a Unicamp e a empresa prevê a participação de um aluno da Unicamp de pós-graduação no curso, com a perspectiva de se tornar um pesquisador da área de petrofísica.
Machado acrescenta que, em termos de desenvolvimento nacional, o processo exploratório é o que garante a produção futura. A exploração deve incorporar mais reservas e desenvolver mais petróleo e, desta forma, um curso voltado para a avaliação de formações de jazidas é crucial para quantificar reservas. Maria Alice da Cruz
Do Portal da Unicamp
(R.A.)
