Unicamp e Biocamp assinam contrato de licenciamento

Documento foi assinado nesta segunda na sala do Conselho Universitário

ter, 17/04/2007 - 17h12 | Do Portal do Governo

Cerimônia realizada na tarde de segunda-feira, 16, na sala do Conselho Universitário (Consu), celebrou a assinatura de convênio entre a Unicamp e a empresa Biocamp Indústria e Comércio de Biodiesel Ltda., referente ao contrato de licenciamento de tecnologia para a produção de biodiesel. Trata-se de um catalisador de alto desempenho capaz de transformar gordura animal e óleos vegetais em combustível.

A licença de exploração comercial é de 20 anos e a previsão é de que a Biocamp produza até 60 milhões de litros de biodiesel por ano. Para o coordenador do projeto, Antônio José da Silva Maciel, da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri), esse é um projeto de cunho ambiental e social que possui vantagens tecnológicas e estratégicas para o país.

Parceiro de Maciel no desenvolvimento da tecnologia, Osvaldo Candido Lopes, aluno de doutorado da Feagri, foi mais além dizendo que um dos pontos mais importantes desse projeto é aproveitamento das nossas potencialidades. “Com tecnologia totalmente nacional o Brasil deve se transformar em maior produtor de biodiesel no próximo ano”, afirmou Lopes.

Para um dos sócios da empresa Biocamp, Luiz Fernando Cabrino, não há a menor necessidade de se buscar tecnologias para a produção do biodiesel fora do país. “Confiamos muito no trabalho da Unicamp”, disse. Um dos grandes articuladores desse projeto na fase de escala industrial, realizada na cidade de Indaiatuba (SP), é o ex-arcebispo de Duque de Caxias (RJ), D. Mauro Morelli.

Afastado das atividades eclesiásticas, D. Mauro é presidente do Instituto Harpia Harpyia, uma agência de defesa e promoção do direito humano à alimentação e nutrição, sediado em Indaiatuba. Para ele, é preciso criar um programa nacional de biodiesel urbano, principalmente em face ao grande volume de resíduos gerados por bares e restaurantes.

Na opinião do reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge, momentos importantes como esse, da assinatura do contrato, têm sido constantes na universidade. E eles reforçam uma missão da universidade que é o papel social. Isso, segundo Tadeu, é decorrente de um dos pressupostos do modelo de ensino adotado pela Unicamp que é a intensificação da pesquisa e a produção de conhecimento novo. “Esse projeto irá gerar empregos e renda. A agregação de 700 famílias dá a dimensão social que ele possui”, finalizou Tadeu.

Compuseram a mesa oficial da solenidade de assinatura de contrato de licenciamento com a Biocamp, o diretor-executivo da Agência de Inovação da Unicamp (Inova), Roberto Lotufo; o diretor-executivo da Fundação de Desenvolvimento da Unicamp (Funcamp), Paulo Martins Leal; o coordenador geral da Unicamp, Fernando Costa; o presidente do Instituto Harpia Harpya, D. Mauro Morelli; o pesquisador Osvaldo Candido Lopes; o coordenador do projeto, Antônio José da Silva Maciel e o reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge.

Além deles, estiveram presentes à cerimônia o pró-reitor de Desenvolvimento Universitário, Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva; o pró-reitor de Pesquisa, Daniel Pereira, e outras autoridades.

Do site da Unicamp