Unicamp: Ciência e Arte nas Férias encerra com encontro na Faculdade de Ciências Médicas

Por um mês, 120 estudantes do Ensino Médio participaram de atividades acadêmicas na Universidade

sex, 09/02/2007 - 16h21 | Do Portal do Governo

“Pena que está acabando”, referiu-se o coordenador do Projeto Ciência e Arte nas Férias de 2007, Rogério Custódio, que termina nesta sexta-feira (9/2). O encerramento acontece no auditório da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Para aproveitar bem as últimas horas, Custódio parou na quinta-feira (8/2) alguns minutos para admirar as fotos selecionadas por alunos do projeto para a exposição Tramas da Memória: a fábrica de tecidos Carioba (1900-1920), coordenada pela equipe do Centro de Memória da Unicamp (CMU).

“Nós ficamos imaginando qual era a relação das pessoas com a fotografia. Essas mulheres (trabalhadoras rurais) fotografadas certamente não tiveram acesso a essas revelações. A fotografia era algo moderno. Só os ricos na época (1907) tinham acesso”. A exposição está aberta até 12 de fevereiro.

O programa do CMU iniciou os alunos no mundo da pesquisa de resgate da memória e na área de produção. Segundo Cássia Denise Gonçalves, uma das orientadoras, antes de montar a exposição, eles levantaram toda a bibliografia sobre a história de Campinas e da indústria têxtil. Além do vasto acervo do CMU, eles consultaram e analisaram documentos textuais e iconográficos do Arquivo Edgar Leuenroth, no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) para selecionar melhor as fotos que agora compõem a exposição.

A participação no projeto de memória encantou Maria Luíza Braga e Ismael Rodrigues Martins. Na opinião da estudante, o contato com a equipe do CMU mostrou quantas coisas são perdidas ao longo do desenvolvimento que não seriam conhecidas sem projetos de memória. A memória de Campinas aproximou Maria Luiza de uma disciplina para a qual não demonstrava grande interesse. “O estágio me fez gostar de história. Já repeti a várias vezes em casa a história das três primeiras ruas”.

Apesar de se interessar por história antiga, Martins disse não saber ainda se esta é a profissão para a vida toda, mas que tudo no projeto o tornou mais interessado por história.

Do Portal da Unicamp

(R.A.)