Unesp: Reunião de comitê define bolsas de iniciação científica

Avaliadores da Universidade Estadual Paulista escolheram as melhores propostas para oportunidades de pesquisa na instituição

ter, 28/05/2019 - 14h12 | Do Portal do Governo

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) informa que 2.283 alunos de graduação dos 24 campi, com os respectivos orientadores, apresentaram à Pró-Reitoria de Pesquisa (Prope) da instituição os pedidos para os programas de bolsas de estudos.

Ao todo, foram 2.077 solicitações ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e 206 ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), de acordo com a Unesp, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.

“O número de bolsas é limitado. Portanto, a seleção representa uma etapa importante para garantirmos a qualidade do programa”, ressalta o pró-reitor de Pesquisa e professor do Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Unesp, campus Bauru, Carlos Frederico de Oliveira Graeff.

Concorrência

Vale destacar que a concorrência é de quase dois candidatos (1,85) por bolsa de iniciação científica e de pouco mais de quatro candidatos (4,03) por bolsa de iniciação tecnológica e inovação.

Os estudantes disputam 1.124 Bolsas do PIBIC, sendo 669 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e 455 da Reitoria da Universidade. Já as bolsas PIBIT totalizam 51 (36 do CNPq e 15 da Reitoria).

A avaliação para a escolha dos melhores projetos foi realizada por 37 membros, de várias áreas do conhecimento, do Comitê Avaliador de Iniciação Científica, em reunião que ocorreu entre os dias 22 e 24 deste mês, no prédio da reitoria, na capital paulista.

A divulgação dos resultados preliminares ocorre no próximo 10 de junho e a divulgação do resultado será realizada em 15 de julho. A professora do Departamento de Ciências Básicas da Faculdade de Odontologia da Unesp, campus Araçatuba, Dóris Hissako Sumida, ressalta a importância da iniciativa, que ocorre pelo segundo ano consecutivo.

“Aqui, no Comitê Avaliador, temos docentes mais antigos e novatos. Os antigos ensinam aos novos como tem que ser feita a avaliação, de maneira adequada, porque durante a avaliação surgem dúvidas que são esclarecidas pelos docentes que estão há mais tempo no grupo”, enfatiza a docente.

Disciplinas

As áreas que mais apresentaram solicitações de bolsas PIBIC foram as Ciências da Vida (Biológicas, Saúde e Agrárias), com 956 pedidos. Em seguida, vêm as Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Letras e Artes, com 565 reivindicações. Em terceiro lugar, ficaram as Ciências Exatas, da Terra e Engenharias, com 556 demandas.

“A Pró-Reitoria de Pesquisa adotou a estratégia de unir os pareceristas do PIBIC e do PIBITI, por três dias, em um programa de imersão, porque verificamos que, com os avaliadores reunidos, há a possibilidade de discutir os diversos projetos e de tirar as dúvidas de avaliação”, explica Célia Regina Nogueira, assessora da Prope e professora do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Unesp, campus Botucatu.

“Buscamos, dessa forma, chegar ao ranqueamento dos projetos com a máxima transparência, o que nos deixa tranquilos quanto ao resultado que vamos divulgar para a comunidade científica”, acrescenta.

“A iniciação científica é o pontapé inicial de reflexão para a construção da cidadania, da criticidade, da própria humanidade”, diz Luciane de Paula, professora do Departamento de Linguística da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp, campus Assis.

“Então, é importante pensarmos que essas iniciações, de fato, como diz o nome, iniciam o aluno em uma trajetória, em um percurso acadêmico, de pesquisa, constroem um perfil, mas principalmente aguçam a criticidade para que ele reflita sobre práticas sociais, sobre questões que, aparentemente, possam não ser tidas, de uma maneira mais direta, como úteis, típicas ou importantes de serem pesquisadas”, finaliza.