Unesp promove estudos para ingressar no mercado livre de energia

Universidade Estadual Paulista projeta economia de 15% de gastos no setor, o equivalente a cerca de R$ 30 milhões por ano

sáb, 14/07/2018 - 10h02 | Do Portal do Governo

Um acordo assinado pelo reitor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) no dia 3 de julho analisará a viabilidade e forma como a instituição migrará para o mercado livre de energia. Vale destacar que a ação busca permitir maior economia nos gastos com o uso do recurso nas unidades.

“O ingresso no mercado livre de energia deve resultar economia de aproximadamente 15% dos gastos no setor, custo que representa cerca de R$ 30 milhões por ano”, ressalta o reitor da Unesp, professor Sandro Valentini. “A iniciativa segue a linha proposta pela gestão de melhora na eficiência das nossas estruturas e de sustentabilidade financeira”, acrescenta.

Metodologia

De acordo com o reitor, o recurso economizado alimentará um fundo que viabilizará iniciativas voltadas para a autossuficiência energética da universidade. É bom lembrar que o mercado livre de energia permite ao consumidor a compra por contratos livremente negociados com os geradores.

O cliente continua ligado à rede e paga pelo serviço de distribuição à concessionária, mas a energia em si é negociada diretamente com a unidade geradora. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) é responsável por viabilizar as operações de compra e venda dessa energia no Brasil.

“O grande paradigma desse projeto é a universidade olhar para o futuro”, destaca o subsecretário de Energias Renováveis do Estado, Antonio Celso de Abreu Jr. Segundo o gestor, a dinâmica usada na Unesp deve servir de modelo para a inclusão de outros setores no mercado livre de energia, como unidades do Poupatempo e penitenciárias.

A Replace Consultoria foi a empresa selecionada para realizar a análise sobre a migração. O pregão foi lançado em abril, resultado de uma parceria entre a universidade e a Secretaria de Energia e Mineração do Estado, que ofereceu suporte técnico para o projeto.

Fases

Na etapa inicial do processo, com duração de dois meses, a companhia verificará a viabilidade em cada uma das unidades. A segunda fase prevê a renegociação dos contratos atuais com as concessionárias e ajustes pontuais. A projeção é que o processo dure de oito meses a um ano.

“A migração para o mercado livre de energia é um esforço importante usado na esfera privada para reduzir custeio. Nós estamos entusiasmados de colaborar com essa iniciativa em uma universidade”, explica o diretor da Replace Consultoria, Carlos Alberto Shoeps. A companhia atua no mercado desde 2002 e tem como clientes empresas como Carrefour, Johnson & Johnson e Banco do Brasil, entre outras.