O projeto Circulo de cultura: educação popular com catadores de materiais recicláveis, realizado pela Faculdade de Ciências e Letras (FCL), campus de Assis, é um dos vencedores, na categoria Projetos, da edição 2006 do Prêmio Instituto Unibanco de Educação de Jovens e Adultos, promovido em parceria com a ONG Alfabetização Solidária. A premiação foi nesta terça-feira, dia 11 de julho, no Centro de Cultura Britânica, em São Paulo.
O projeto Círculo de Cultura é realizado por membros da equipe do Núcleo de Assessoria à Formação e ao Desenvolvimento de Cooperativas Populares. Desde 2004, o Núcleo proporciona a alfabetização e a educação de jovens e adultos na Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Assis (COOCASSIS), que trabalham na coleta seletiva de materiais recicláveis do município.
O Núcleo, um Projeto de Extensão de Serviços à comunidade cadastrada na Pró-Reitoria de Extensão Universitária (Proex), e apoiado por ela, também é um projeto de estágio para alunos de 4º e 5º ano de Psicologia.
Atualmente, 13 alunos participam das atividades desenvolvidas junto a grupos populares de Assis e Região, supervisionados pelos professores Ana Maria Rodrigues de Carvalho, do Departamento de Psicologia Experimental e do Trabalho, e Carlos Rodrigues Ladeia, do Departamento de Psicologia Evolutiva, Escolar e Social do curso de Psicologia da FCL.
Segundo a docente Ana Maria, o diferencial do projeto de educação agraciado com o Prêmio Instituto Unibanco está na metodologia empregada, baseada no trabalho do educador Paulo Freire, pelo qual educandos e educadores, juntos, constroem conhecimentos mediados pela realidade. “Nosso trabalho visa contribuir para o desenvolvimento de uma leitura crítica da realidade, a partir de uma educação política”, destaca.
Para atingir este objetivo, os alfabetizadores acompanham o cotidiano dos trabalhadores e juntos discutem as necessidades do grupo. Um dos temas discutidos é a Economia Solidária. “Este é um assunto difícil de ser assimilado, porque envolve a cooperação, a democracia e a autonomia, práticas pouco comuns em uma sociedade competitiva, desigual e elitizada como a nossa”, enfatiza o professor Ladeia.
Do site da Unesp
(AM)
