A Faculdade de Engenharia (FE), câmpus de Bauru, oferece cursos de extensão a distância e semipresenciais para técnicos e engenheiros de todo o Brasil. A novidade é que neste ano países lusófonos da África foram contemplados com o projeto, que agora tem a participação de alunos de Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe. Os cursos são promovidos pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), sob a coordenação do professor Renato Crivellari Creppe, engenheiro eletricista. As parcerias são realizadas com empresas ou entidades interessadas em formar grupos específicos.
O projeto existe desde 2005, quando foi firmado um convênio entre o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado de São Paulo (Creasp) e a Unesp. Atualmente a FE oferece na área de extensão: “Motores Elétricos Industriais”, “Geradores de Energia Elétrica” e “Introdução à Qualidade da Energia Elétrica”. Este último está com inscrições aberta até o dia 14 outubro. Os interessados devem possuir formação técnica ou superior na área de engenharia elétrica e ter registro no CREA. Já o curso de especialização semi-presencial “Eficiência e Qualidade da Energia Elétrica” abrirá as inscrições em janeiro de 2011.
A expectativa é de que até o final de 2010 cerca de 120 alunos sejam beneficiados. Segundo o professor Renato Creppe, o fato de tratar de conteúdo técnico facilita uma maior participação nos cursos. Em relação aos alunos africanos, eles mesmos encontraram os cursos na internet e resolveram contatar a Universidade para perguntar sobre a viabilidade de participar. E deu certo. “O aprendizado com as diferenças culturais tem sido muito interessante”, declarou Creppe.
Para ele, o aproveitamento dos alunos em cursos de EaD tem sido positivo. “O aluno que procura um curso técnico de EaD já vivencia os problemas e tem necessidade de se aprimorar. Assim, a dedicação, seriedade e comprometimento com os conteúdos são elevados e o nível de aproveitamento é muito bom”, conta. O professor acrescenta que essa estratégia de ensino é uma das inúmeras ferramentas que devem ser utilizadas para ampliar o potencial de atuação da Universidade. “Aos poucos novas técnicas pedagógicas e tecnologias estão sendo incorporadas no Brasil, o que beneficiará a todos”, concluiu.
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Da Unesp
