Unesp oferece curso para empresários e pesquisadores sobre cultura chinesa

Curso mostra que aspectos culturais podem ser decisivos nos negócios com a China

qui, 17/06/2010 - 19h00 | Do Portal do Governo

O Instituto Confúcio na Unesp, promove o curso Cultura de Negócios na China voltado para pesquisadores e empresários. As aulas acontecerão nos dias 24 e 30 de junho e 1º de julho. A iniciativa tem o apoio da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico e os interessados poderão se inscrever até o primeiro dia de aula. As vagas estão limitadas à capacidade do auditório, que é de cerca de cem pessoas. Fundado em 2008, o instituto é resultado de uma parceria entre a universidade e o governo da República Popular da China.

O curso é oferecido em parceria com a BG Corporativa Cultural, uma empresa de consultoria em negócios internacionais, e tem apoio da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico. Ele será ministrado em três módulos: Aspectos Gerais do País e sua Cultura; A Cultura de Negócios; e Intercâmbio Cultural Brasil-China – Casos. Serão abordados aspectos referentes à geografia, sistema político, legislação, culturas regionais e doutrinas filosóficas que influenciam os costumes chineses, como o confucionismo e o taoísmo.

O diretor do instituto, Luís Antônio Paulino, será um dos palestrantes. Ele é professor de Economia Internacional da Faculdade Filosofia e Ciências, câmpus de Marília, e pesquisador de países emergentes, além de membro do Conselho Superior de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

O professor explica que os aspectos culturais podem ser tão decisivos em negociações quanto à viabilidade econômica dos acordos. “No caso específico da China, lidamos com uma nação onde as relações interpessoais influenciam muito na tomada de decisões.” Exemplo disso é a abordagem de assuntos constrangedores. Um chinês perguntaria com naturalidade sobre sua renda mensal, mas ficaria muito encabulado ao ser questionado sobre sua família, por exemplo”. Para o pesquisador, a assinatura de acordos ficaria mais fácil com a construção de laços de amizade e confiança com os negociadores do país oriental.

Principal parceria  

A China é atualmente o maior parceiro econômico do Brasil e o investimento externo entre os dois países continua crescendo. Para Paulino, a intensidade do intercâmbio comercial deve fazer com que o desconhecimento mútuo entre os empresários das duas economias emergentes comece a diminuir.

Durante a primeira semana de junho, empresários chineses se reuniram em Xangai para uma conferência sobre aspectos culturais e legais brasileiros, com a participação do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, e outros integrantes do Governo Federal. Uma iniciativa anterior do Instituto Confúcio nesse sentido veio em agosto de 2009, com a realização de um seminário em São Paulo para profissionais do setor.

Para fazer o curso deste ano, o interessado deverá pagar uma taxa de R$ 180 por meio de boleto bancário, valor que pode ser dividido em três vezes para quem se inscrever pessoalmente. Há preços especiais para grupos com mais de três alunos. As aulas serão realizadas na sede do Instituto Confúcio, no centro de São Paulo. O endereço é o mesmo da Livraria da Editora Unesp:  Praça da Sé, nº 108, 4º andar, próximo à Estação Sé do Metrô. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3107-2943.

Da Unesp