Unesp: Historiador estuda perseguição política a estrangeiros

Historiador da Unesp fez seminário em universidade italiana sobre perseguição a imigrantes

sex, 09/02/2007 - 14h48 | Do Portal do Governo

O historiador Alexandre Hecker, da Faculdade de Ciências e Letras da UNESP, campus de Assis, realizou na Universidade da Calábria (Unical), na Itália, o seminário intitulado “Emigrantes e subversivos: a contribuição dos italianos na história do socialismo no Brasil”.

Realizada no mês passado, a atividade insere-se numa cadeia de relacionamentos que o docente vem estabelecendo com instituições italianas e portuguesas. Entre elas a Universidade de Milão (Unimi) e a Unical, na Itália; e as Universidades de Minho, Coimbra e Lusíada, em Portugal. A iniciativa pretende implantar uma rede de pesquisadores que possam trabalhar solidariamente com documentos produzidos pelas polícias políticas a respeito de imigrantes daquelas nacionalidades.

Nesse sentido, Hecker desenvolve um estudo no Arquivo do Estado de São Paulo junto à documentação do Departamento de Ordem Política e Social (DEOPS-SP). “Já foi possível perceber a presença maciça de imigrantes entre os perseguidos políticos. No período relativo à primeira metade do século XX foram fichados aproximadamente 24 mil italinaos e portugueses”, diz.

A intenção do docente é conhecer dados biográficos internacionais das milhares de pessoas que, quando chegaram ao Brasil, adotaram posições conflitantes com a polícia política de São Paulo. “A pretensão maior é construir um conhecimento não apenas nacional sobre a atuação das polícias políticas em regimes autoritários”, diz o historiador. Segundo ele, o trabalho pode gerar numerosos desdobramentos, como livros, exposições e seminários.

Do Portal da Unesp

(R.A.)