Unesp: Experimentos desmistificam conceitos de ciências

Oficina criada por docentes de Ilha Solteira atrai estudantes

sex, 31/03/2006 - 15h58 | Do Portal do Governo

Montada por docentes de diversas disciplinas e alunos da Faculdade de Engenharia (FE), campus de Ilha Solteira, a Oficina de Ciências, além de desmistificar conceitos comuns aos cientistas aos seus visitantes, é também o embrião de um museu de ciências e tecnologia. Sua origem remonta a 2002, quando os idealizadores perceberam que moradores da vizinhança, de passagem pela cidade para conhecer a Usina Hidroelétrica local, poderiam se beneficiar com o espaço cultural, que agora integra o Programa Permanente de Divulgação da Ciência na UNESP, apoiado pela Vice-reitoria.

De acordo com o engenheiro Nobuo Oki, coordenador da Oficina, o apoio permite ampliar a infra-estrutura para o desenvolvimento de experimentos capazes de explicitar conceitos de ciência e tecnologia para alunos do ensino médio de escolas públicas e particulares da região. “Com os recursos e bolsas fornecidos pelo Programa Ciência na UNESP poderemos elaborar novas demonstrações”, avalia.

A Oficina de Ciências possui uma sala com cerca de 30 metros quadrados, equipada com computador, bancada, mesa e cadeiras, onde são desenvolvidos os módulos de experimentos. Desde a formação do grupo, foram construídas cinco peças nas áreas de Ciências do Solo, Engenharia Elétrica, Biologia e Física. “Elaboramos os experimentos que permitem demonstrar conceitos diversificados”, acrescenta Oki.

Um dos experimentos, um conjunto composto por uma bicicleta ligada a um gerador, demonstra como acontece a geração de energia. Na área de astronomia, um pequeno protótipo de planetário permite visualizar alguns planetas e estrelas mais conhecidas. Um robô móvel é utilizado para transmitir conceitos de robótica e controle. Há ainda uma mini-estação de tratamento de água com unidades de coagulação, floculação, decantação e filtração que mostra as etapas do processo de purificação de água captada de fontes superficiais para o consumo humano.

A Oficina já promoveu duas exposições, vistas por aproximadamente 700 alunos de escolas da cidade e região. Atualmente, estão em andamento experimentos na área de Engenharia Civil e Engenharia Mecânica. A intenção do grupo é submeter o projeto que permita ampliar a Oficina e transformá-la em Museu de Ciências e Tecnologia a órgãos financiadores, como a Fundação Vitae e a Fapesp.

Julio Zanella – Do Portal Unesp

J.C.