Unesp: Empreendedorismo na universidade

Professores têm contato com princípios da área

seg, 24/07/2006 - 21h42 | Do Portal do Governo

O primeiro resultado do convênio entre o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) e a UNESP, assinado no início do ano, ganha forma na próxima semana.

Professores da Universidade estarão reunidos durante cinco dias, de 24 a 28, para aprender os detalhes da nova disciplina Empreendedorismo, a ser oferecida, inicialmente de maneira optativa nos campi da instituição.

O programa da nova matéria foi elaborado pelo Sebrae-SP e propõe dar uma visão de mercado com atitude empreendedora aos alunos. “Mais da metade da população não têm um emprego formal. É bom que os jovens saiam da universidade sabendo que há a possibilidade de eles serem donos de seus próprios negócios”, explica o diretor-superintendente do Sebrae-SP, José Luiz Ricca.

De segunda a sexta-feira, estarão reunidos em Águas de Lindóia 72 professores, de diversos cursos da universidade, para ter um contato mais direto com a proposta da disciplina. “Trabalharemos a questão da postura na formação da pedagogia do empreendedorismo, que é diferente de outras disciplinas. O professor não precisa conhecer tudo, mas sim ser bom na criação do ambiente para o desenvolvimento do aluno. Haverá muitas atividades, pouco falatório”, explica Daniel Garcia Corrêa, analista do Centro do Empreendedor e um dos responsáveis pela formulação da ementa da futura disciplina.

No primeiro momento, neste segundo semestre letivo, a disciplina Empreendedorismo será optativa para diversos cursos. “Posteriormente queremos adaptá-la para cada um dos diferentes cursos e suas especificidades profissionais”, avalia José Roberto Saglietti, assessor da Pró-reitoria de Graduação da UNESP e docente do Departamento de Física do Instituto de Biociências da UNESP, campus de Botucatu.

“Essa parceria é o casamento entre a academia e o mercado, com o intuito de contribuir para um futuro empreendedor”, explica Maria Cristina Alves, coordenadora do Centro do Empreendedor do Sebrae-SP.

A contribuição entre as duas instituições não deve acabar aí. ”Já temos um número expressivo de empresas-juniores e estamos implantando algumas incubadoras. Certamente poderemos contar com a experiência do Sebrae-SP”, avalia Saglietti.

Da Unesp