A Unesp foi a instituição de Ensino Superior mais premiada na sétima edição do Prêmio Santander Universidades, anunciado na noite de segunda, 21. Entre os vinte prêmios, a instituição conquistou três, nas categorias “Empreendedorismo” e “Universidade Solidária”. A universidade obteve ainda o segundo lugar entre as universidades públicas estaduais em número de projetos inscritos. A cerimônia nacional de premiação foi realizada na Sala São Paulo, no centro da capital paulista.
O doutorando Felipe Iszaji de Albuquerque, da Faculdade de Ciências e Letras (FCL), Câmpus de Araraquara, foi o vencedor na categoria Empreendedorismo – Tecnologia da Informação, da Comunicação e da Cultura e Educação. Ele elaborou o “Dicionário Criativo”, que reúne e relaciona o conteúdo de diferentes tipos de obra de referência, dicionários, glossários e imagens.
O material, segundo o autor, pode colaborar com o trabalho de escritores, poetas, jornalistas e publicitários. “O objetivo é que, a partir de uma palavra ou conceito-chave, uma série de informações relacionadas àquele verbete seja exibida, permitindo ao usuário a possibilidade de rearranjá-las de acordo com a sua criatividade”, disse o linguista.
Voltado para salientar as atividades de extensão universitária, o Prêmio Santander Universidade Solidária teve dois trabalhos da Unesp entre os oito vencedores. Um dele é o projeto “Instalação e operação de biodigestor em cooperativa de catadores de materiais recicláveis”, coordenado pelo professor Darío Abel Palmieri, da Faculdade de Ciências e Letras, Câmpus de Assis.
A atividade é executada por graduandos dos cursos de Engenharia Biotecnológica e Ciências Biológicas juntamente com uma cooperativa da cidade. O grupo transforma lixo orgânico em biogás, e esse combustível gera energia elétrica, fornecendo 25% da eletricidade utilizada pela própria cooperativa. Os detritos também são aproveitados como biofertilizante, rico em nutrientes e que poderá ser vendido a pequenos produtores da região. A previsão é que o biodigestor entre em operação no ano que vem.
O terceiro projeto da Universidade premiado tem o título “Geração de trabalho e renda através do beneficiamento de comidas artesanais” e é realizado por professores e estudantes dos cursos de Administração, Agronomia, Direito e Geografia de diferentes câmpus da Unesp e também do curso de Direito da USP de Ribeirão Preto.
Em um assentamento rural na cidade de Serra Azul (SP), eles apóiam um grupo de mulheres na produção de pães, tortas e bolos. Os estudantes também orientam a comercialização coletiva dos produtos. “O projeto proporcionará maiores condições de geração de renda dentro do assentamento”, diz uma das coordenadoras da atividade, a professora Ana Paula Leivar Brancaleoni, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCAV), Câmpus de Jaboticabal.
O Prêmio é uma iniciativa do Santander Universidades, braço do banco que apóia as instituições de Ensino Superior. Na edição de 2011, o número de projetos inscritos bateu recorde, foram 6.143, um aumento de 16,5% com relação aos inscritos em 2010, 5.271. Como forma de apoio, os trabalhos premiados receberam R$ 50 mil. Na categoria “Empreendedorismo”, os vencedores têm direito ainda a um curso presencial no Babson College, em Massachessets, nos EUA.
Descentralizada
“O destaque da Unesp em projetos de extensão e de inovação é fruto de sua característica descentralizada, fazendo com que ela esteja presente nas diferentes regiões do estado, o que permite um maior contato com a comunidade”, salientou o vice-reitor no exercício da Reitoria, Julio Cezar Durigan. “Atualmente, temos mais de 1.600 trabalhos de extensão universitária por ano.”
No evento, Durigan, como presidente do Cruesp (Conselho dos Reitores das Universidades Estaduais Paulistas), representou os reitores das universidades participantes. Em seu discurso, o vice-reitor apontou o apoio do banco em projetos de mobilidade estudantil, como o Top-China ou o Top-Uk (Reino Unido), e o financiamento de projetos que aproximam as instituições de Ensino Superior da sociedade.
“Essas ações constituem uma política de auxilio na formação diferenciada dos jovens: uma educação superior que gera para o país pessoas com competências técnicas sólidas e formação ética comprometida com o bem-estar da coletividade”, conclui.
Na abertura da cerimônia, a Orquestra Acadêmica da Unesp executou o hino nacional, junto com os cantores líricos Arthur Paes Leme Canguçu Neto, Beatriz Paroni Goveia, Gabrielle Chistinne Aguda e Vicente Fernandes de Sampaio Júnior, alunos do Instituto de Artes (IA), Câmpus de São Paulo.
Da Unesp
