Unesp: Docente recebe prêmio nacional de informática

Cansian é especialista em segurança da informação

ter, 30/01/2007 - 10h50 | Do Portal do Governo

O docente Adriano Mauro Cansian, coordenador do Laboratório ACME! (Advanced Counter-Measures Environment), no campus de São José do Rio Preto, recebeu o prêmio “A nata dos profissionais de segurança da informação 2006”. A láurea, que está na terceira edição, tem sido entregue aos 50 profissionais mais influentes do País na área de tecnologia de segurança da informação.

A entrega do troféu ocorreu em 22 de novembro passado. A escolha deu-se ao longo de 2006, por um colégio eleitoral formado por mais de 500 executivos de tecnologia e de segurança da informação. Neste ano, o prêmio foi promovido pela empresa TI Brasil Intelligence, pela SUCESU-SP (Sociedade de Usuários de Informática e Telecomunicações de São Paulo) e pelo grupo de comunicação IDG BRASIL.

Cansian, que atua no Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce), na área de segurança de computadores e de redes, ficou surpreso com a premiação. “Esse prêmio é mais voltado para o mercado de informática, e não para a academia, por isso não esperava estar entre os 50 profissionais selecionados”, diz. “A premiação é um reconhecimento às pessoas que trabalham ou trabalharam no ACME!”, avalia Cansian.

 “Creio que minha principal contribuição tem sido na formação de recursos humanos, por intermédio da pesquisa científica e do desenvolvimento tecnológico”, completa.

Segundo o docente, com 12 anos, o laboratório já formou dezenas de analistas de segurança, atualmente atuando em importantes instituições. “Também tenho sido um voluntário em grupos de trabalho ligados ao controle e normatização da Internet Brasileira, desde 1994”, diz.

O ACME! tem como objetivo principal formar recursos humanos especializados e desenvolver pesquisas sobre mecanismos, procedimentos e técnicas de segurança de computadores e redes. Desde sua fundação, 37 pesquisadores já passaram por ele.

O laboratório conta com uma equipe de sete pessoas, entre alunos de graduação e de pós-graduação. De acordo com Cansian, o foco do grupo é a detecção de “intrusos”. “É uma frente em que pouca gente atua, pois há muitas mudanças o tempo todo. Os invasores mudam de hábito com freqüência”, explica. O laboratório desenvolve sistemas guardiões da informação e os disponibiliza em seu site.

Cansian explica que a filosofia do grupo é baseada no software livre. “Tudo o que é desenvolvido aqui tornamos público”, afirma. O grupo garante a segurança da rede interna do Ibilce, onde o laboratório está instalado.

Com a ameaça constante de vírus e de intrusos, a segurança da informação tem sido cada vez mais valorizada. De acordo com Cansian, atualmente apenas uma minoria invade computadores por ideologia. “Os ataques graves estão sempre relacionados com algum tipo de lucro”, declara.

Do Portal Unesp