O Câmpus de Rio Claro formou nesta sexta-feira, 25, a sua segunda turma do programa de educação continuada em rochas carbonáticas para geólogos da Petrobras. É nesse tipo de rocha que estão confinados o petróleo e o gás das grandes reservatórios encontrados no fundo do mar, abaixo de uma extensa camada de sal, na costa brasileira. “Conhecer melhor esse tipo de rocha é fundamental para enfrentar os desafios tecnológicos da exploração do pré-sal”, explica Dimas Dias-Brito, professor do Departamento de Geologia Aplicada do Instituto de Geociências e Ciências Exatas e coordenador do programa que já capacitou 18 funcionários da Petrobras.
O evento de conclusão foi uma espécie de aquecimento das futuras atividades do complexo UNESPetro, cuja sede, ainda em construção, deverá ser inaugurada em abril de 2010.
Resultado da parceria entre a Unesp e a Petrobras, o UNESPetro será um centro avançado de pesquisa e ensino sobre geologia do petróleo e terá como foco os reservatórios do pré-sal. A estatal pretende investir mais de R$ 10 milhões na iniciativa. “A riqueza do projeto UNESPetro está nos seus três pilares: a pesquisa associada à extensão, o ensino e a formação continuada”, explica o reitor Herman Jacobus Cornelis Voorwald.
A cidade de Rio Claro comemora também os dez anos do Programa para a Formação de Recursos Humanos para o Setor de Petróleo e Gás (PRH) da Agência Nacional do Petróleo (ANP), do qual a Unesp participa com outras 23 universidades.
Na Unesp, o PRH financiou, por meio de bolsas e auxílios, 146 projetos de pesquisa de alunos de graduação e pós-graduação, inclusive dez teses de doutorado e 26 dissertações de mestrado. “Muitos desses alunos hoje estão atuando na Petrobras e em outras empresas do setor, bem como em agências governamentais”, afirma Dias-Brito. “O saldo é extremamente positivo”, conclui Sergio Almeida, superintendente da Agência Nacional do Petróleo, geólogo formado pela Unesp em Rio Claro e ex-aluno do PRH. “Mais de 70% dos alunos que se formaram pelo programa trabalham hoje na cadeia do petróleo”.
Ricardo Salomão, gerente geral da Universidade Petrobras, analisou as parcerias da empresa com as instituições brasileiras de ensino e pesquisa. “O investimento em uma fonte finita, como o petróleo, quando aplicado em conhecimento se torna uma riqueza permanente para o país”, observou.
Da Unesp
