A TV Cultura exibe neste domingo, 8, às 20h30, o especial inédito “Bravo, Júlio Medaglia!”. O programa, dirigido por Gilson Gaspodini e fruto de uma longa pesquisa feita nos arquivos da emissora, traz momentos preciosos do maestro nesses 70 anos de vida e mais de 40 de carreira.
O documentário mostra depoimentos com personalidades como o escritor Sérgio Cabral; o ex-diretor da Rede Globo José Bonifácio de Oliveira Sobrinho (Boni); o crítico musical Zuza Homem de Mello; o cantor Tom Zé; o músico alemão Walter Seifarth, integrante da Orquestra Filarmônica de Berlim, entre outros.
Em sua casa no bairro do Morumbi, em São Paulo, em tom bastante descontraído, o maestro recebeu a equipe da TV Cultura, em meio a álbuns repletos de fotos recordações e histórias que ajudaram a divulgar a música erudita no Brasil e no mundo. Uma espécie de “colagem”, em que matérias, depoimentos, entrevistas e vasto material de arquivo desenham uma sutil cronologia da carreira artística e profissional do maestro, desde os anos 70.
O especial traz trechos de eventos importantes, como o concerto de estréia da Filarmônica Amazonas (1998) e a ópera “O Guarani”; de Carlos Gomes, realizada na Bulgária (1997), além de programas que tiveram o maestro em destaque, como o Vox Populi (1985), o Roda Viva (1991) e a célebre gravação do musical “Tropicália”; de 1973, com o cantor e compositor Caetano Veloso.
Ainda dos arquivos da tevê, é destacado o projeto “Série de Cordas” dos anos 70 – programas em preto e branco que levavam a música erudita aos lugares mais inusitados, como a fábrica da Brown Bovero, em pleno dia de trabalho dos metalúrgicos.
Durante o programa, o maestro também relembra o tempo em que criou trilhas sonoras para programas da Rede Globo, como a novela “Bravo” (1975) e a série Grande Sertão Veredas (1985). Do acervo da Globo, “Bravo, Júlio Medaglia!” traz ainda imagens do programa Fantástico, de 1979, em que Elizeth Cardoso interpreta a música “Nós”, parceria da cantora Maysa com o maestro Júlio Medaglia.
Outros momentos históricos mostram o maestro regendo a Orquestra Sinfônica Brasileira na quadra da Mangueira, no Rio de Janeiro, e num concerto homenageando o tricentenário do nascimento de Bach, no túmulo do compositor, ambos de 1985.
Da TV Cultura