Trilha sensorial é a nova atração do Parque Estadual Serra do Mar

Núcleo Cunha promoveu a inauguração da iniciativa, de 30 minutos, que ativa o tato, o olfato e a audição dos visitantes

dom, 12/01/2020 - 11h32 | Do Portal do Governo
DownloadDivulgação/Fundação Florestal

Vinculado à Fundação Florestal, o Núcleo Cunha, do Parque Estadual Serra do Mar, acaba de inaugurar a Trilha Caminho das Vivências, que tem o objetivo de aguçar os sentidos do visitante durante uma trilha de olhos vendados no meio da Mata Atlântica.

O percurso, de 50 metros, é feito com os pés descalços para que o tato, o olfato e a audição possam perceber os diferentes elementos da natureza: formas, texturas, sons e cheiros. A atividade dura 30 minutos.

A trilha é monitorada e feita em grupos, que devem fazer agendamento prévio. A experiência permite exercitar a curiosidade e a criatividade na interação com a natureza e a troca de experiências entre os participantes. Alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Cunha e demais instituições da região estão entre os visitantes.

Outra novidade do Núcleo é a torre de observação de pássaros, instalada entre as copas das árvores para melhorar a experiência dos visitantes na contemplação de aves. De lá, é possível um contato maior com a rica fauna de aves que vive na Unidade de Conservação, como macucos, jacutingas, saudades, cuiú-cuiús, negrinhos-do-mato, pavós e gaviões-de-penacho.

A Fundação Florestal está investindo de modo a melhorar a estrutura para a observação de aves, ao instalar equipamentos nos Parques Estaduais Furnas do Bom Jesus, Rio Turvo, Caverna do Diabo, Vassununga e nos Núcleos Caraguatatuba, Curucutu e Picinguaba do Parque Estadual Serra do Mar.

Localização

Situado no extremo norte do Parque Estadual Serra do Mar, o Núcleo Cunha protege importante remanescente de matas nebulares, a mais de mil metros de altitude, com árvores de grande porte como cedro, peroba, maçaranduba, araucária, canela, ipê, que abrigam bromélias, orquídeas, samambaias, liquens e lianas.

As florestas preservam importantes mananciais para o abastecimento de água das cidades do Vale do Paraíba e até mesmo do Rio de Janeiro. No local, encontram-se as áreas de maior biodiversidade do parque.

As florestas de altitude também abrigam muitas espécies exclusivas em risco de extinção, como o sagui-da-serra-escuro, o mono-carvoeiro e o sauá, e aves como o macuco, a jacutinga, a saudade, o cuiú-cuiú, entre outras. O relevo acidentado favorece a formação de cachoeiras, especialmente nos rios Bonito, Ipiranga e Paraibuna, tornando esse núcleo de especial interesse para a prática do ecoturismo.