Trechos da entrevista coletiva do governador Geraldo Alckmin concedida nesta segunda-feira, dia 23,

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seg, 23/04/2001 - 12h53 | Do Portal do Governo

Campanha de Vacinação

Repórter – Governador, a meta do Governo do Estado é vacinar 70% da população com mais de 60 anos. O senhor acha que em São Paulo essa campanha vai ter muito trabalho ainda para convencer os idosos?

Alckmin – Eu acho que ela tem sido bem sucedida. Tem demonstrado de maneira objetiva que com a vacinação diminui muito a incidência de gripe e o principal: diminui as complicações dela na época do inverno, diminui pneumonia, doenças respiratórias, internação… Então, acho que as pessoas estão vendo que é um grande parceiro no sentido de evitar problemas mais graves a que as pessoas idosas são submetidas, geralmente problemas do aparelho respiratório e na época do inverno. Como um vai falando para o outro, além da campanha institucional, a tendência é cada vez mais pessoas aderirem a ela.

Repórter – Governador, existe uma mística, um folclore até, de que as pessoas que tomam a vacina têm como reação um tipo de gripe e ficam com medo. O que o senhor tem a dizer.

Alckmin – Não. A vacina é extremamente testada e está comprovada que ela é um benefício para a população. Na realidade o que ela faz:: ela traz um nível de imunidade que vai possibilitar que as pessoas não peguem gripe. No caso de pegarem a gripe, terá um menor nível de intensidade e você está evitando um nível de complicações que nas pessoas de mais idade podem chegar a ser casos graves.

Campanha de Economia e Racionalização de Energia

Repórter – Eu gostaria que o senhor detalhasse o decreto assinado na sexta-feira para economia de energia em 20%?

Alckmin – Nós fizemos um decreto determinando a todas as secretarias de Estado, órgãos das administraçôes direta e indireta, fundações, autarquias, empresas públicas um conjunto de decisões para diminuir o consumo de energia elétrica. Desde apagar a luz quando sai da sala, limpeza de aparelhos, troca de lâmpadas, enfim um conjunto de medidas que começa pelo Palácio dos Bandeirantes visando a economia de energia elétrica. Isso vamos fazer também em termos de água e inclusive de telefone. Independente de haver racionamento, seja de água ou energia elétrica, acho que essas medidas são necessárias.

Repórter – Mas vai ser só um incentivo ou vai ter uma fiscalização?

Alckmin – Não. Tem um conjunto de normas que todas as secretarias devem adotar. Um roteiro, um anexo dizendo tudo o que deve ser feito e o controle é no consumo verificando a própria conta.

Repórter – Mas vai haver punições ou não?

Alckmin – O que vai haver é uma grande orientação, um grande estímulo para que todos colaborem.

Repórter – Vai ser permanente?

Alckmin – Acho que nesse momento de crise, de dificuldade, ela é urgente e necessária, mas essa medidas de contenção devem ser permanentes, independente de faltar ou não.

Senado

Repórter – Eu gostaria de falar do ex-presidente do Senado. Parece que o PSDB está meio dividido em relação a que medida deveria ser adotada. Vai ser feito o quê? Vai ser dado um prazo?

Alckmin – O que deve ser feito num momento como esse? Você deve aprofundar a investigação para que não fique nenhuma dúvida, para que as questões sejam esclarecidas. Deve dar oportunidade, é evidente, do contraditório da defesa, fazê-la com rapidez e tomar as providências necessárias. É isto que deve ser feito. O PSDB não está repartido, essa é a opinião do partido. Quer dizer, você investiga, não deixa margem à dúvida, faz o mais rápido possível e toma as medidas necessárias.

Repórter – O ministro José Serra disse que não ia falar sobre pré-candidatura mas agora revelou que estaria trabalhando. O atual Governo do Estado de São Paulo apóia Tasso Gerreissati, o governador do Ceará, ou na possível candidatura do ministro vai se pronunciar favorável?

Alckmin – O Governo do Estado de São Paulo não tem candidato. O PSDB vai ter candidato no ano que vem. Este ano, não.

Repórter – Governador, em recente encontro do PSDB em Belém, o senhor disse que foi reafirmada a bandeira da ética no partido. Como fica a situação do senador Arruda. Ele é um …. que não atrapalha essa questão da ética?

Alckmin – O que deve fazer um partido quando você tem um problema? Você deve investigar, deve esclarecer, não deixar dúvida e, se tiver responsabilidade, punir o responsável. É isso que faz numa democracia. É o que se faz num partido político.

Repórter – O senhor é a favor do julgamento do senador Arruda?

Alckmin – Eu acho que primeiro tem que terminar a investigação. O que é mais importante agora? É não haver dúvida, é você esclarecer se houve violação, de que maneira ocorreu e fazer as punições que precisam ser feitas.

Repórter – Caracterizado o envolvimento do senador, como é que fica? Ele é desligado do partido?

Alckmin – Essas questões a gente não deve precipitar. Eu acho que hoje o que precisa ser feito é esclarecer rapidamente. Confirmando as questões, pune-se.

Repórter – Rapidamente é o quê? Um mês?

Alckmin – O tempo necessário para que a comissão do Senado Federal apresente seu trabalho.