Trechos da entrevista coletiva do governador Geraldo Alckmin após recepção ao presidente e ao Consel

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seg, 14/05/2001 - 17h24 | Do Portal do Governo

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Pergunta: O cronograma está mantido?

Alckmin: Quanto ao cronograma o que se pretende? Se pretende o que ficar pronto já entregar. Nós podemos entregar dentro de 60 dias, aproximadamente, o trecho entre a Régis Bittencourt e a Raposo Tavares. O ideal seria entregar a obra toda até dezembro. Isso vai depender de recursos. O Governo Federal, para entregar a obra toda até dezembro, teria de fazer um aporte de mais R$ 137 milhões ainda este ano, fora os R$ 100 milhões. Como isso não está no orçamento do Governo Federal, e é difícil a gente acreditar que haja uma suplementação de verba nesse valor ainda este ano, certamente nós vamos para o primeiro trimestre do ano que vem.

Pergunta: E em relação a construção de penitenciárias no Interior, o senhor disse que mesmo que não viesse verba do Governo Federal o Estado iria fazer. E em relação ao Rodoanel isso é possível?

Alckmin: Não. Veja bem, no caso do Rodoanel há um compromisso que foi assinado. Portanto ninguém está pedindo nada além do que está previsto. Aliás, está previsto no orçamento e está no protocolo, é só liberar o dinheiro. Esperamos que nesta semana esteja depositado. No caso das penitenciárias, não. Nós pedimos ao Governo Federal, acho que vamos conseguir meio a meio. É um programa de R$ 100 milhões, incluindo os equipamentos. Acho que o ideal seria R$ 50 milhões do Governo Federal e R$ 50 milhões do Governo do Estado. Mas o Governo Federal não está atrasado porque não assinou protocolo, não está previsto no orçamento, então isso não tem atraso. O que tem atraso é o do Rodoanel. As penitenciárias nós solicitamos, eu estou até encaminhando um documento ao presidente da República, que acha que essa é uma questão nacional. Há um fundo chamado Penitenciário, que é justamente para isso. A maior parte dos presos está no Estado de São Paulo, nós estamos com mais de 95 mil presos, o número está crescendo, porque quanto mais a Polícia age, e ela age firmemente, mais prende quem está em conflito com a lei, que está cometendo crime. Então é um número crescente, mas não se pode dizer que há atraso. Nós estamos esperando que os R$ 50 milhões possam chegar rapidamente a São Paulo.

Pergunta: Por que o senhor acha que o Governo Federal não liberou a verba para o Rodoanel, estava previsto no orçamento e o ministro Padilha esteve aqui, falou que ia liberar e porque não liberou?

Alckmin: Olha, o ministro pode responder. No orçamento está. Aliás, são R$ 100 milhões. O que é que o Estado de São Paulo faz? Nós liberamos o duodécimo, então você tem previsão de gastos, vamos imaginar R$ 144 milhões este ano. Doze meses, libera R$ 12 milhões por mês para a obra ter continuidade. Nós liberamos o duodécimo, R$ 12 milhões por mês. O Governo Federal acaba segurando para liberar mais no segundo semestre, aí você não tem um cronograma que resista a isso. Mas foi feito um pleito e acreditamos que o dinheiro chegue.

Pergunta: O que o Governo pode fazer para ampliar essa rede de postos de gás natural, já que é um investimento privado?

Alckmin: A Comgás é uma concessionária e o poder concedente é o Estado. Nós temos a CSPE que é a Comissão dos Serviços Públicos de Energia. Então, exercemos o poder regulador e fiscalizador. O Governo estabelece o cronograma, o investimento, e eles estão acima das exigências do contrato. Só na distribuição de gás vão ser 320 km de novas redes de distribuição de gás no Estado de São Paulo, city gates, estações reguladoras, investimento financeiro. Você vai acompanhando, vai levantando também demandas… No caso dos veículos, aliás não vai ser só a British Gas, no caso dos veículos terão outras empresas também abrindo novos postos para poder distribuir gás para quem queira utilizar.

Pergunta: E quanto às medidas para os exportadores?

Alckmin: O secretário ainda não trouxe essas propostas, trazendo nós vamos analisá-las.