Trechos da entrevista coletiva do governador Geraldo Alckmin após passar em revista a tropa de solda

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ter, 10/04/2001 - 11h09 | Do Portal do Governo

Trechos da entrevista coletiva do governador Geraldo Alckmin após passar em revista a tropa de soldados que vai reforçar o policiamento no Centro e Região Metropolitana de São Paulo

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Pergunta: Inaudível

Alckmin: É tendo mais gente para o trabalho policial. Você melhora a segurança pública com equipamentos para a polícia, telecomunicações, informatização, modernização, integração da Polícia Civil com a Polícia Militar. Reforma do sistema penitenciário, como a extinção do Carandiru, que não tem o sistema de segurança adequado, na Casa de Detenção. É desta forma que nós vamos mudar a segurança pública, não discutindo nome de secretário. Eu não vou mudar o secretário da Segurança Pública.

Pergunta: Governador, com relação a crise energética. No último final de semana foi cogitado que algumas empresas que teriam filias em outros estados estariam deixando São Paulo por causa do racionamento de energia. A ANEL aponta como uma das possibilidades para minimizar o racionamento, aqui na Região Sudeste, a questão da entrada a pleno vapor da usina Henry Borden. O que o senhor tem a dizer sobre isso?

Alckmin: Primeiro, não vejo razão para nenhuma empresa deixar São Paulo por isso. O problema não é só de São Paulo, mas de toda a Região Sudeste. Segundo que Henry Borden não é uma decisão do Governo, a Constituição do Estado de São Paulo diz que só pode haver bombeamento de água do Pinheiros para a represa Billings, e aí a água da Billings desce para a Henry Borden, lá em Cubatão, se o esgoto for tratado. Então, não é um ato de vontade, a Constituição paulista em 1989 proibiu o bombeamento enquanto não tiver tratado o esgoto. O que o Governo está fazendo: ele vai tratar o esgoto. Nós estamos lançando uma concorrência pública com a participação da iniciativa privada, por meio de flotação, para tratarmos o esgoto de quatro afluentes que chegam no Pinheiros.
Os quatro principais: o rio Jaguaré, o Pirajussara, o rio Zavuvus e o Morro do S, além do próprio corpo do rio Pinheiros. Aí, aprovado pela Cetesb, comprovado que a água teve o esgoto devidamente tratado você pode bombear para a Billings, ela vai para a Henry Borden, gera energia elétrica e esta energia a mais ajuda a financiar o tratamento do esgoto. Este é o modelo concebido.

Pergunta: Em quanto tempo o senhor acha que isso será feito?

Alckmin: Isso não é feito em 24 horas. Não será para esse inverno, não vai ser para essa época de estiagem, para essa seca, que nós vamos ter o Pinheiros despoluído. Evidente que não será. Isto é questão de meses. E o bombeamento só pode ser feito depois de despoluído, isso está escrito na Constituição.

Pergunta: O senhor acha que será para daqui uns dois anos?

Alckmin: Não, acho que não. Se realmente, nós tivermos a participação da iniciativa privada, eu tenho a impressão que no ano que vem. Um ano é tempo suficiente para se comprovar o efeito da chamada flotação, que já acontece no Córrego do Sapateiro. O córrego que desce a Sena Madureira, na Zona Sul da Capital, é que enche o Lago do Ibirapuera que estava muito poluído. Então, a Sabesp fez o sistema de flotação no Córrego do Sapateiro, antes do Lago do Ibirapuera e teve um resultado muito bom. Claro que é um volume de água muito menor que o do Rio Pinheiros, mas nós acreditamos que podemos ter sucesso também na despoluição do Rio Pinheiros, que vai ajudar a despoluir a Represa Billings, vai poder bombear água para a Henry Borden e vai gerar energia elétrica.

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