Trecho sul do Rodoanel terá 4 áreas de conservação ambiental e 2 parques

Para compensar a supressão de 297 hectares de vegetação no trecho Sul, serão plantadas 4,5 milhão de mudas em 1.016 hectares

ter, 13/03/2007 - 16h10 | Do Portal do Governo

O governo do Estado de São Paulo definiu as quatro áreas de conservação ambiental e dois parques que serão construídos ao longo do trecho Sul do Rodoanel Mário Covas, cujas obras devem ser retomadas no próximo mês. Esse trecho terá 61 quilômetros e ligará a região do Embu ao município de Mauá, no Grande ABC.

O governador José Serra declarou nesta segunda-feira, 12, durante evento na sede do Consórcio Intermunicipal do ABC, que esta será a primeira prioridade em grandes obras de seu governo.

A Lei Federal nº 9.985/2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), determina critérios para os projetos que geram impacto ambiental. No caso do Rodoanel, o governo do Estado investirá R$ 50 milhões na conservação ambiental do trecho Sul.

Serão criados dois parques na capital perfazendo 1.200 hectares. Com isso, será duplicada a área de conservação ambiental da capital, que hoje é de cerca de 1.200 hectares.

Também haverá investimentos de R$ 3 milhões na conservação ambiental do Parque do Pedroso, em Santo André, R$ 1,5 milhão nas Fontes do Ipiranga, unidade do Jardim Botânico, e R$ 3,5 milhões no Parque Estadual da Serra do Mar, em São Bernardo do Campo. O Parque do Pedroso terá sua área ampliada em 100 hectares.

Parques da Várzea do Embu e Itapecerica da Serra

Além do valor gasto com a conservação ambiental, o projeto prevê também a criação dos parques da Várzea do Embu e Itapecerica da Serra. “As pistas serão separadas nessa região por parques, com 300 hectares, semelhantes ao Parque Ecológico do Tietê, na zona leste da capital, com objetivo de melhorar a qualidade da água da Guarapiranga”, afirma Bruno.

4,5 milhão de mudas  

Para compensar a supressão de 297 hectares de vegetação no trecho Sul, serão plantadas 4,5 milhão de mudas em 1.016 hectares. Além disso, serão preservados mais 4 mil hectares.

Em cada lado da pista ocorrerá a desapropriação de até 300 metros, para isso será levado em consideração o tipo de vegetação.

As propriedades rurais abandonadas e de solo frágil, que podem causar erosão, também serão desapropriadas.

“Os gastos previstos por quilômetro com conservação e preservação do meio ambiente giram em torno de R$ 1 milhão. Portanto, em todo o trecho Sul serão gastos cerca de R$ 670 milhões”, declarou Bruno.

Billings

Na região da Billings, no braço do Riacho Grande, serão desapropriadas terras ao sul do Rodoanel e cerca de 200 famílias que vivem nessa área de manancial serão removidas. Após a desapropriação, será feito um plano de manejo para criação no local de um parque.

Serra declarou que serão necessário mais de R$ 4 bilhões para concluir esse trecho em função das indenização de desapropriações e da realização de reassentamentos de famílias.

Aldeias indígenas

O projeto prevê, ainda, a ampliação das áreas das duas aldeias indígenas localizadas na região de Parelheiros, no extremo sul da capital. As aldeias da Barragem e Krukutu, terão suas áreas ampliadas de 25 para 125 hectares, após o plano de manejo e recuperação, com objetivo de proteger as duas comunidades.

André Muniz