Transportes Metropolitanos: Funcionários da CPTM plantam flores e plantas típicas da Mata Atlântica

Mudanças atraem animais de pequeno porte como coelhos, patos e pássaros diversos

sex, 10/11/2006 - 9h28 | Do Portal do Governo

Nesta época do ano, as linhas da CPTM substituem a paisagem cinza e fria da ferrovia pelo colorido da primavera. A mudança deve-se ao empenho voluntário dos funcionários e da equipe da Frente de Trabalho (programa da Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho), que estão plantando canteiros de flores e plantas típicas da Mata Atlântica, inclusive árvores frutíferas. O habitat está atraindo animais de pequeno porte e já é morada de coelhos, patos e pássaros diversos.

“O cenário desperta a curiosidade das pessoas, tanto funcionários como usuários, que acabam conhecendo nosso trabalho e colaborando”, diz o chefe da Estação Engenheiro Goulart (Linha F), Adilson Cruz Agrellos. Ele conta que as comunidades vizinhas às estações que mantêm canteiros e jardins doam mudas e, às vezes, até animais. “Certa vez, um usuário nos trouxe um pato para fazer companhia a uma fêmea que vivia sozinha em um pequeno lago que construímos aqui.”

Também na Linha D, um casal de coelhos vive nos canteiros da Estação São Caetano – os funcionários “adotaram” os bichinhos e compram ração para alimentá-los – e na Prefeito Saladino, na mesma linha, vê-se preás com facilidade brincando pelos jardins. Os voluntários que cuidam das plantas estimam que a família já conta com cerca de 80 membros.

Sob a coordenação do Viveiro da Lapa e engenheiro de Manutenção SR do DOFV (Departamento de Manutenção de Via Permanente) Fábio Barreto, o ponto de partida para o projeto de jardinagem que se expandiu na empresa foi a Estação Villa Lobos – Jaguaré, na Linha C. Atualmente, 20 estações, distribuídas entre as 6 linhas da CPTM aderiram à prática. Elas estão recebendo mudas de flores, como pingo-de-ouro, primavera e dama-da-noite.

As mudas são desenvolvidas em viveiros, mantidos em algumas estações. O maior deles está localizado na Lapa, onde uma equipe de 20 funcionários planta 2.000 mudas por dia, entre agaves, margaridas, espada de São Jorge, ipês, alecrim, malvavisco e até pau-brasil e árvores frutíferas. Os viveiros e jardins atraem diariamente a visita de diversos pássaros.

Para continuar espalhando o verde por toda a CPTM, Fábio Barreto, faz um apelo para que funcionários e usuários doem embalagens de caixinhas de leite, garrafas de plástico lavadas e jornais velhos. “Esse material é fundamental para que possamos reproduzir as mudas e enviá-las às estações. Eles servem de vaso provisório para as sementes germinarem e as mudas começarem a se desenvolver.”

Quem mais ganha com essa iniciativa é o usuário. A cabeleireira Francisca Alves dos Santos disse que adora observar a diversidade de plantas na Linha C. “A estação fica tão bonita, que a gente até esquece que tem um rio sujo ali atrás”, comentou.

Para complementar esse trabalho, a equipe de Barreto está desenvolvendo artesanalmente placas com o nome científico e popular de cada uma das plantas. Inicialmente, elas serão distribuídas entre os viveiros da Lapa e Calmon Viana, para então serem organizadas ao longo das vias, com o intuito de informar os usuários e funcionários da companhia.

Da Assessoria de Imprensa da CPTM

J.C.