Transportes Metropolitanos: CPTM moderniza ferrovias em 14 anos de existência

A empresa comemora seu 14º aniversário no próximo dia 28

seg, 22/05/2006 - 22h01 | Do Portal do Governo

No ano de seu 14º aniversário, comemorado no dia 28 de maio, a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) concentra todos os esforços na recuperação da Linha F (Brás – Calmon Viana).

Iniciadas em março, com prazo de um ano para conclusão, as obras para a construção de três novas estações (USP Leste, Jardim Helena e Jardim Romano), e modernização de outras duas (Comendador Ermelino e Itaim Paulista), seguem a todo vapor.

As intervenções avançam, principalmente, na Estação Itaim, onde a plataforma central já foi demolida. Os operários começaram os serviços de fundação, com o estaqueamento de 192 pontos de sustentação para a construção da nova plataforma. As futuras estações Jardim Romano e Jardim Helena também receberam os containeres para a implantação dos canteiros. Vale lembrar que os serviços são realizados sem alteração na circulação das composições.

Para ampliar a capacidade de transporte na região, a Linha F ainda receberá o reforço de mais 10 trens que estavam fora de operação, bem como a revitalização de outros 49, em circulação (119 carros), que passarão por troca de piso, bancos, portas e pintura. Os serviços acontecerão em etapas até 2009, mas os primeiros dois trens, da série 5.500, devem voltar a circular em junho.

Com mais trens, estações e melhoria dos sistemas de energia, sinalização e vias, os intervalos entre as composições serão reduzidos de nove para sete minutos nos horários de pico. Desta forma, a CPTM prepara a Linha F para aumentar, com conforto e segurança, em mais 70 mil o número de passageiros transportados diariamente, hoje na ordem de 120 mil. Serão investidos R$ 250,6 milhões neste projeto.

Ao mesmo tempo, para estender os serviços da Linha C (Osasco – Jurubatuba) até o Grajaú, a empresa constrói mais 8,5 Km de via dupla, sinalizada e eletrificada, intercaladas por três novas estações (Autódromo, Interlagos e Grajaú), que serão atendidas pelo acréscimo de mais 12 trens à frota. Orçado em R$ 245,35 milhões, o projeto prevê um aumento de 45 mil usuários por dia na linha, que, atualmente, transporta 110 mil.

Para se ter uma idéia, na futura Estação Grajaú já é possível ver a plataforma central, que terá 240 metros de extensão e capacidade para trens da Série 5.500, com 12 carros. No local, foi concluída a terraplanagem para a implantação das duas vias permanentes (ida e volta) e do pátio de manobras e estacionamento de trens (com até quatro composições) da unidade, que será o ponto final da Linha C. As obras das outras duas estações prosseguem com serviços de fundação e infra-estrutura.

Ferrovia é  tecnologia

Em geral, costuma-se associar o transporte ferroviário às coisas antigas, ao romantismo, principalmente devido ao papel que teve no desenvolvimento das cidades, no século XIX. Hoje, embora a CPTM tenha herdado praticamente as mesmas linhas que funcionam em solo paulista desde 1867, um cenário futurista passa a tomar conta da ferrovia em São Paulo. Investimentos da ordem de US$ 1,6 bilhão já foram aplicados para modernizar a malha, a partir de 1995.Nesse período, a CPTM ganhou nada menos que 11 novas estações, com arquitetura arrojada e facilidades de acesso para usuários com mobilidade reduzida: sete na Linha C e outras quatro no Expresso Leste (Luz – Guaianazes). Outras duas estações vitais para o sistema metroferroviário – Luz e Brás – foram totalmente modernizadas. A frota também recebeu mais novos 88 trens de última geração – 30 da série 2.000 para o Expresso Leste, 10 da série 3.000 para a Linha C e outros 48 da série 2.100, que atendem à Linha D (Luz – Rio Grande da Serra) e C.

A tecnologia de ponta não se restringe apenas aos trens e estações. Um exemplo é a recente aquisição de um veículo de manutenção, considerado um dos mais modernos das ferrovias brasileiras.  Fabricado na Europa pelo Grupo Geismar, o equipamento será utilizado para a inspeção e serviços preventivos de rede aérea de energia, e ainda auxiliará no socorro da frota de trens de passageiros e locomotivas. A máquina, cujo valor investido foi de R$ 4,9 milhões, permitirá otimizar recursos, agilizar procedimentos e propiciar melhores condições de trabalho às equipes de campo e de engenharia.

Outro aparelho de alta performance em uso na CPTM é o termovisor, semelhante a uma filmadora handcam com monitor acoplado, capaz de detectar, por meio de raios infravermelhos, pontos de aquecimento provocados por mau contato em componentes e conexões. Esta, por sua vez, é uma das principais causas das panes nos sistemas de alimentação elétrica dos trens. O recurso é similar ao que foi utilizado na transmissão da última edição da tradicional corrida de São Silvestre, em que a temperatura dos atletas e da pista era representada por diferentes cores – quanto mais vermelho, mais quente.

A empresa também investiu cerca de R$ 800 mil nos últimos meses na aquisição de aparelhos de alta performance para otimizar a manutenção preventiva da frota, realizada nos seus abrigos e oficinas. O pacote envolveu a compra de 190 unidades, distribuídas em 32 itens de aparelhos, máquinas, ferramentas e instrumentos de medição. A iniciativa soma-se a mais de 20 ações desencadeadas por um programa voltado exclusivamente para melhoria da performance da frota, chamado “Trem Disponível e Confiável”.

PPP’s

Incluso na carteira de projetos das Parcerias Público-Privadas (PPP’s) do governo estadual, o Expresso do Aeroporto interligará o Aeroporto de Guarulhos ao centro de São Paulo, aproveitando a faixa ferroviária da CPTM. A linha será implantada numa nova via exclusiva, com 31 km de extensão e duas estações terminais (uma na Barra Funda e outra no aeroporto). Utilizando a mesma via, será implantado o Trem de Guarulhos, serviço que permitirá uma conexão ferroviária de alta qualidade entre as duas maiores cidades da região metropolitana: São Paulo e Guarulhos.

Outro projeto que deverá entrar no rol das PPP’s estaduais é o Expresso Bandeirante, ligação ferroviária de 93 Km entre Campinas e São Paulo, passando por Jundiaí e chegando até a Estação Barra Funda. A idéia é compartilhar a mesma faixa – não as vias – de alguns pontos da Linha A da CPTM e das linhas de transporte de carga. O tempo da viagem seria de aproximadamente 50 minutos e a velocidade máxima do trem de 160 Km por hora (110 Km/h operação comercial), com intervalo médio entre trens de 10 minutos, tempo que poderá ser reduzido para 7 minutos. O custo estimado para implantação do projeto gira em torno de R$ 2,7 bilhões.

Assessoria de imprensa da CPTM

C.A.