Transportes Metropolitanos: Casos de vandalismo na CPTM diminuem em 2005

Companhia registrou 4.114 ocorrências de janeiro a novembro deste ano

ter, 27/12/2005 - 13h00 | Do Portal do Governo

Atos de vandalismo contra trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) não prejudicam somente a empresa. Os danos em composições atingem, principalmente, os usuários – que, além de pagar pelos danos, sofrem com a retirada das mesmas de circulação por períodos que variam de horas a dias. Outro reflexo refere-se aos custos com os reparos, pois o valor despendido nessas intervenções acaba retardando benfeitorias no sistema, por exemplo.

Para se ter uma idéia a companhia registrou de janeiro a novembro deste ano, 4.114 ocorrências de vandalismo contra a sua frota de trens, que geraram despesas da ordem de R$ 1.895.914,18. Os números representam uma redução de 270 casos, se comparados com o mesmo período de 2004, quando foram anotados 4.384 episódios. Os gastos para reparos atingiram o valor de R$ 1.524.118,00.

As ocorrências são variadas – portas, janelas, lacres de extintores de incêndio, luminárias, bancos etc, atingidos pela ação dos vândalos. Só os dois primeiros itens desse grupo totalizaram, desde o início deste ano até o mês novembro, praticamente a metade das ocorrências do período: 1.879 casos, com custo de R$ 373.935,33 para a reposição.

Na tentativa de minimizar as possibilidades de vandalismo, a CPTM adotou algumas medidas técnicas, como a troca dos mecanismos das portas dos trens das séries 1.400, 1.600 e 5.500, que circulam nas Linhas E (Luz-Estudantes) e F (Brás-Calmon Viana). As demais linhas não sofrem com esse tipo de situação.

No caso das janelas, foram desenvolvidos alguns dispositivos para travá-las. “Trata-se de pinos colocados nos caixilhos das janelas”, explica o gerente de Material Rodante, Eurico Baptista Ribeiro Filho, referindo-se ao sistema implantado nas composições das séries 5.500 e 5.000 há alguns anos e utilizados até hoje.

Ocorrências nas linhas

Das seis linhas do sistema, a que registrou o maior número de casos de vandalismo foi a Linha B (Julio Prestes-Itapevi), com 1.441 ocorrências. Os valores aferidos para os concertos somaram R$ 304.752,77. A Linha D (Luz–Rio Grande da Serra), embora tenha registrado 206 casos, em onze meses, os valores destinados para reparar os danos atingiram R$ 620.194,38.

Na Linha A (Luz–Francisco Morato) ocorreram 433 casos. O prejuízo atingiu a casa dos R$ 146.836,74, valores menores que no ano passado: R$ 162.051,00.

A Linha C (Osasco–Jurubatuba) contabilizou 148 atos de depredações, que custaram R$ 276.967,51 aos cofres públicos.

As ocorrências da Linha E (Luz-Estudantes) estão divididas entre o Expresso Leste e o trecho de Guaianazes a Estudantes, em Mogi das Cruzes. No primeiro, foram registrados 441 atos de vandalismo com prejuízo de R$ 380.711,81.  Já no segundo trecho, o total chegou a 500 casos e para reposição foram gastos R$ 75.770,00.

Por fim, na Linha F (Brás-Calmon Viana) aconteceram 927 ataques de vândalos contra as composições. O valor gasto com os reparos chegou a R$ 154.151,46.

 Encaminhados por vandalismo

Nos onze meses deste ano, 136 pessoas acabaram encaminhadas a distritos policiais da capital e da grande São Paulo, após serem flagradas em atos de vandalismo contra o patrimônio da CPTM.

No total, 21 pessoas foram encaminhas por danos em composição como, por exemplo, quebra de portas e janelas e acionamento desnecessário de válvulas de emergência.

Os ataques praticados contra o patrimônio (edificações, equipamentos, placas de comunicação visual, etc), resultaram no direcionamento de 40 vândalos aos DPs. Já os flagrantes de pichação foram a razão do encaminhamento de 55 pessoas. No total,19 pessoas acabaram  presas por furto de material da empresa.