Transplantes de coração crescem 60% em SP

Maior número de doadores amplia oferta do órgão, aponta levantamento da Secretaria de Estado da Saúde

sex, 15/08/2008 - 13h26 | Do Portal do Governo

O número de transplantes de coração no Estado de São Paulo cresceu 60% neste ano, segundo o mais novo balanço da Secretaria de Estado da Saúde. De janeiro da julho foram realizadas 40 cirurgias, contra 25 no mesmo período de 2007.

O resultado é fruto direto do aumento do número de doações autorizadas pelos familiares de pacientes com morte encefálica em todo o Estado. Foram registradas 249 doadores de órgãos nos sete primeiros meses de 2008, 20,3% a mais que na comparação com igual período do ano passado.  Os transplantes de pulmão cresceram 32%, passando de 19 para 25. Já o número de transplantes de rim subiu 17% no mesmo período, passando de 345 para 404.

“Esse crescimento é importante porque, no caso do coração e do pulmão, quem precisa de um transplante não tem outra opção de tratamento, ao contrário do que acontece com pacientes renais, que podem fazer hemodiálise, ou aqueles que aguardam por um pâncreas, que podem usar aplicações de insulina”, afirma o coordenador da Central de Transplantes da Secretaria, Luiz Augusto Pereira.

Neste ano, de janeiro a julho, foram registrados 744 transplantes de órgãos (excluindo-se córneas, consideradas tecidos). O número é 18,9% superior às 626 cirurgias registradas nos sete meses iniciais de 2007, segundo os dados da Central de Transplantes.

A Secretaria vem realizando treinamentos com médicos de grandes emergências e UTIs do Estado para aprimorar a captação de doadores. Desde 2006 cerca 360 profissionais de saúde já passaram pelo treinamento em 2006. Até o final deste ano outros 100 médicos deverão se especializar no trabalho de em procura, identificação e notificação de potenciais doadores de órgãos e tecidos. O objetivo é ampliar o número de transplantes no Estado, diminuindo o tempo de espera a partir do aprimoramento da captação.

Para aqueles que desejam ser doadores, a Secretaria orienta que comuniquem esta intenção aos parentes e pessoas próximas, pois somente os familiares podem autorizar ou não a retirada de órgãos para transplante no caso de óbito.

Da Secretaria da Saúde

C.M.