Transplante de fígado em crianças cresce 150% em SP

Resultado é conseqüência de novo critério adotado desde 2006

qui, 17/01/2008 - 10h38 | Do Portal do Governo

Os transplantes de fígado em crianças cresceram 150% no Estado de São Paulo, após a introdução de novo critério para pacientes em lista de espera. Balanço da Secretaria de Estado da Saúde aponta que, de julho de 2006 até hoje foram realizados 77 transplantes de fígado em menores de 12 anos, contra 31 no período imediatamente anterior (janeiro de 2005 a julho de 2006).

Segundo o levantamento, os transplantes infantis de fígado atenderam 37,7% do total de crianças inscritas na lista de espera da Central de Transplantes após a introdução da nova regra, índice superior ao de cirurgias em adultos, que foi de 30,4% dos inscritos.

Pela regra atual, vigente em todo o Brasil, os pacientes que precisam de transplante de fígado são encaminhados para cirurgia conforme a gravidade, e não mais a ordem cronológica, a partir da notificação de doadores. Para isso utiliza-se um cálculo, chamado Meld (Model for End-stage Liver Disease), obtido a partir de exames laboratoriais. O valor do Meld, que varia de 6 a 40, aponta o risco de óbito do paciente caso ele não seja transplantado.

No caso das crianças, utiliza-se o Peld (Pediatric End-Stage Liver Disease), cujo resultado é multiplicado por três para efeito de compatibilização com os valores do Meld. Assim, se um menor de 12 anos tiver, por exemplo, Peld 13, o valor do Meld será, na realidade, de 39, considerado grave.

“Outro resultado relevante do novo critério é a probabilidade maior de transplantes em split, que beneficiam duas pessoas com um órgão. Como a maioria dos doadores é adulto, o órgão pode ser dividido para também ser transplantado em uma criança”, afirma o coordenador da Central de Transplantes da Secretaria, Luiz Augusto Pereira.

Mais doações

Em 2007 houve 367 doadores de órgãos oriundos do Estado de São Paulo, 6% a mais do que no ano anterior, que registrou 347 doações. O maior crescimento do número de doadores ocorreu na região da capital, Grande São Paulo e Baixada Santista, com 247 doadores, contra 228 em 2006.

Da Secretaria da Saúde