Transp. Metropolitanos: “Cérebro” do Metrô ganha simulador de estratégias

Equipamento treina pessoal na solução de possíveis falhas durante a operação comercial

seg, 29/05/2006 - 17h25 | Do Portal do Governo

O Centro de Controle de Operações (CCO) do Metrô, que fica na rua Vergueiro, 1200, no bairro do Paraíso e que coordena um movimento atual de cerca de 2,8 milhões de usuários por dia, nos 60,5 quilômetros de extensão e 54 estações do sistema metroviário, faz 30 anos no próximo dia 30. Em seu trigésimo aniversário, o CCO ganha de presente, para beneficiar todos os usuários do Metrô, um Simulador de Estratégias Operacionais (SEO), conjunto formado por dois módulos de trabalho, um microcomputador e cinco monitores de cristal líquido (LCD) de última geração. Ele está sendo usado para treinar e reciclar sete supervisores e 66 operadores de console operacional na solução de possíveis falhas durante a operação comercial.

“O SEO funciona exatamente como os simuladores da Força Aérea. Programamos uma ocorrência operacional e os técnicos têm que resolvê-la com rapidez e exatidão. É desse treinamento que depende o êxito na operação dos 117 trens e a segurança no fluxo dos usuários”, afirma Bernardo Gorodeski, coordenador do CCO.

Até eventos de destaque na capital, como o Réveillon e a saída antecipada para um “feriadão”, podem ser analisados no simulador e, como conseqüencia dos resultados, o Metrô pode modificar a oferta de trens, aumentando ou reduzindo o número de composições em circulação.

Sala Negra do CCO

Na época de sua inauguração, no espaço onde estão localizados os equipamentos centrais que permitem a vigilância constante da operação comercial, predominavam cores escuras.

Esse espaço ficou com o nome de “Sala Negra”, e assim ainda é chamado pelos metroviários, apesar das modernizações ali realizadas, a partir de 1999, que trouxeram, entre outras modificações, cores mais claras naquele ambiente, tornando-o mais agradável para o trabalho.

A “Sala Negra” nunca ficou vazia em seus 30 anos de história, nem mesmo nos quatro black-outs enfrentados por São Paulo, em 1984, 1985, 1999 e 2002. Nessas ocasiões, os usuários que precisaram deixar as estações e túneis o fizeram com segurança. Outros, que não tentaram se aventurar pelas ruas da cidade, permaneceram nas estações. Essas estratégias foram definidas e monitoradas pelos operadores da Sala Negra.

Graças ao trabalho do CCO e de todo quadro operativo da Companhia, no último dia 15/05, apesar da onda de boatos que transtornou a cidade, a população paulistana contou com os trens e estações do Metrô funcionando normalmente.

O CCO pode monitorar todas as 54 estações atuais (mezaninos, plataformas, bilheterias, linhas de bloqueios), através das imagens geradas por 433 câmeras do circuito fechado de TV. Também podem ser monitoradas áreas de transferências nas estações Luz, Brás e Barra Funda e no terminal intermunicipal do Jabaquara. Essas imagens são ampliadas em dois telões na Sala Negra.

Em casos emergenciais, com o objetivo de manter a normalidade no transporte público, o CCO pode contatar imediatamente a CPTM, a CET, a SPTrans, o COPOM, a Eletropaulo, a Defesa Civil e os bombeiros. 

Do Metrô