Trabalho: Sobras da natureza viram fonte de renda para moradores de um distrito em Mogi-Guaçu

Eles estão confeccionado biojóias, bijuterias feitas com caroço de frutas

ter, 04/07/2006 - 20h12 | Do Portal do Governo

A confecção de bijuterias a partir de sobras da natureza pode oferecer à população uma alternativa para geração de emprego e renda. Isso está se tornando realidade para moradores do distrito de Martinho Prado, município de Mogi-Guaçu, que estão produzindo biojóias, artesanato com caroço de frutas e folhas de bambu.

Na última sexta-feira, dia 30, várias peças feitas com essas sobras foram expostas na Fazenda Campininha, localizada em área de preservação ambiental, administrada pelo Instituto Florestral. Tudo foi produzido pelos 52 formandos, que desde maio, aprenderam as técnicas do trabalho com peças de trançado em bambu, madeira, cipó, sementes e taboa. Esses materiais – brincos, colares, objetos de decoração -, aliados à criatividade, tornam-se verdadeiras obras de arte.

“O projeto é pioneiro e começou há dois meses no município. Hoje, já temos até lista de espera para os próximos cursos”, lembrou Jaime Anísio de Freitas, Engenheiro Florestal e um dos idealizadores do projeto.

De acordo com José Cirilo Andreata, artesão que ministra as aulas, o mais importante é dar uma alternativa de renda para as pessoas da comunidade. “É muito bom passar o que a gente sabe para as outras pessoas e, com isso, dar a elas a possibilidade de ajudar as famílias, através dos cursos”. Ele informou que toda a produção dos novos artesãos já foi vendida.

O projeto é da Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho em parceria com a Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades (Sutaco) e o Instituto Florestal.

Para o secretário do Emprego e Relações do Trabalho, Walter Caveanha, a intenção é que o distrito se torne referência na produção de biojóias. “Proponho a construção da Casa do Artesão em Martinho Prado, local onde os profissionais poderão produzir e comercializar seus produtos”.

A formatura dos artesãos aconteceu na Fazenda Campininha. O Instituto Florestral disponibilizou a matéria-prima para os cursos ministrados no período de 17 de maio a 19 de junho.

Manuela Sá