A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) está financiando um grupo de pesquisadores brasileiros a estudar os polímeros condutores e semicondutores, também chamados metais sintéticos. Os cientistas brasileiros já dominam a tecnologia desses plásticos condutores de eletricidade, destinados a ser uma das principais matérias-primas de componentes de aparelhos e dispositivos eletrônicos.
O grupo é formado por pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP), com a colaboração da Escola Politécnica e da Faculdade de Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP, que trabalham sobre as possíveis aplicações desses materiais. As pesquisas são coordenadas pelo professor Roberto Mendonça Faria, do Grupo de Polímeros Bernhard Gross (GPBG). O Grupo domina desde a síntese desses polímeros até a fabricação de dispositivos, que poderão ter aplicações na medicina e na indústria eletroeletrônica.
A tecnologia dos polímeros condutores e semicondutores, desenvolvida pela técnica de dopagem química, também pode produzir filmes ultrafinos. Essas películas já são aplicadas, por exemplo, no avião invisível aos radares – o caça norte-americano F-117 Stealth, na blindagem de equipamentos eletrônicos, e poderão vir a ser usadas em telas planas de televisores e computadores.
Mas as propriedades semicondutoras – obtidas pela interrupção do processo de dopagem em sua fase inicial – é que aumentaram o potencial de mercado destes materiais. Por serem capazes de converter eletricidade em luz sem gerar calor, eles podem ser utilizados em dispositivos luminosos de painéis de carros, em visores de telefones celulares e na medicina, pois também se prestam à fabricação de implantes e marcapassos ou à reconstituição de músculos que perderam a capacidade de movimento.
Tecnologia: Fapesp financia pesquisas sobre utilização de metais sintéticos
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