A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, divulga nesta quinta-feira, 12 de abril, a pesquisa mensal feita em dez instituições financeiras sobre as taxas de juros de empréstimo pessoal e cheque especial para pessoa física.
Os bancos pesquisados foram HSBC, Santander Banespa, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra, Nossa Caixa, Real e Unibanco. O levantamento foi no último dia 3 de abril
Empréstimo Pessoal – a taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,38% a.m., mesmo percentual do mês anterior em função do arredondamento de casas decimais. A taxa média de março foi de 5,380% a.m. e, em abril, foi de 5,377%, devido à queda da taxa do HSBC.
O HSBC alterou sua taxa do empréstimo pessoal de 4,66% para 4,63% am, o que significa um decréscimo de 0,03 ponto percentual, representando uma variação negativa de 0,64% em relação à taxa de março. Os demais bancos mantiveram as mesmas taxas.
Cheque Especial – a taxa média dos bancos pesquisados foi de 8,30% a.m., superior à do mês anterior, que foi de 8,24% a.m., significando um acréscimo de 0,06 ponto percentual.
O Banco do Brasil alterou a taxa de 7,68% para 7,66% a.m., o que significa um decréscimo de 0,02 ponto percentual, representando uma variação negativa de 0,26% em relação à taxa de março.
O Unibanco alterou a taxa de 8,39% para 8,99% a.m., o que significa um acréscimo de 0,60 ponto percentual, representando uma variação positiva de 7,15% em relação à taxa de março. Os demais bancos mantiveram as mesmas taxas.
Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.
Embora a taxa média do cheque especial tenha sofrido elevação neste mês, as alterações efetuadas por determinados bancos da amostra não chegaram a comprometer a tendência evidenciada nos meses anteriores. Por enquanto a estabilidade predomina nas duas modalidades de crédito analisadas.
Na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), ocorrida nos dias 6 e 7 de março, a taxa Selic sofreu uma redução de 0,25 ponto percentual, passando de 13% para 12,75% ao ano. Foi o 14º corte seguido na taxa básica. Em meio às turbulências do mercado financeiro internacional, que derrubaram as bolsas de valores no início de março, as autoridades monetárias brasileiras dão prosseguimento ao processo de flexibilização iniciada em setembro de 2005, porém com cautela.
Partindo do princípio de que os cortes na Selic reduzem o custo de captação dos bancos, nota-se que os juros cobrados do consumidor de crédito não caem na mesma proporção. Uma recente pesquisa do Banco Central revelou que os “spreads” (diferença entre o que os bancos pagam para captar dinheiro e a quanto emprestam esses mesmos recursos a terceiros) continuam elevados.
A demanda por crédito é alta. Mesmo com as estimativas de desaceleração, o segmento crédito consignado foi um dos que mais cresceram nos últimos anos, evidenciando a necessidade de maior planejamento das contas por parte do consumidor. As dificuldades para administrar os rendimentos, tornam-se maiores ainda para as pessoas de baixa renda – justamente as que estão mais ameaçadas pelo desemprego – e para os aposentados e pensionistas que, geralmente, já têm o orçamento bastante comprometido com as despesas básicas.
A falta de planejamento, a impulsividade na hora de consumir e a facilidade de contratação levam, muitas vezes, o consumidor a solicitar um empréstimo sem necessidade ou a assumir dívidas além de suas possibilidades de pagamento.
Da Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania
