Taxas de juros praticamente não apresentam alterações

Procon realizou pesquisa em dez instituições financeiras no último dia 4

sex, 15/06/2007 - 15h32 | Do Portal do Governo

A Fundação Procon-SP realizou em dez instituições financeiras, no dia 4 de junho, pesquisa de taxas de juros de empréstimo pessoal e cheque especial para pessoa física. Os bancos pesquisados foram Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Nossa Caixa, Real, Safra, Santander Banespa e Unibanco.

Empréstimo Pessoal – a taxa média dos bancos pesquisados foi de 5,37% a.m., mesmo percentual do mês anterior, em função do arredondamento de casas decimais. A taxa média de maio foi de 5,368% a.m. e neste mês foi de 5,366%, devido à queda da taxa do HSBC.

HSBC: alterou a taxa do empréstimo pessoal de 4,59% para 4,57% a.m., o que significa um decréscimo de 0,02 ponto percentual, representando uma variação negativa de 0,44% em relação à taxa de maio/07.

As demais instituições mantiveram suas taxas no empréstimo pessoal.

Cheque Especial – a taxa média dos bancos pesquisados manteve-se em 8,29% a.m.. Não houve quaisquer alterações em relação às taxas praticadas em maio/07.

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Os resultados desta pesquisa ainda podem ser relacionados à reunião de abril do Comitê de Política Monetária – COPOM – do Banco Central, que decidiu pela redução da taxa Selic, de 12,75% para 12,50% ao ano, tendo em vista que o levantamento dos dados foi realizado no dia 04 de junho e, portanto, antes da reunião seguinte. Como as reuniões do COPOM acontecem a cada seis semanas aproximadamente, seus efeitos passam a ter um alcance maior, já que a periodicidade da pesquisa do Procon-SP continua a ser mensal. De qualquer modo, vale lembrar que as variações da taxa Selic têm influência apenas parcial nas decisões do mercado quanto ao comportamento das taxas de juros. Outras variáveis são consideradas, entre as quais, o nível de inadimplência.

Na última reunião de junho do COPOM, realizada nos dias 05 e 06, novamente a taxa Selic sofreu uma redução de 0,50 ponto percentual, passando de 12,50% para 12,00% ao ano. Foi a 16ª redução seguida na taxa básica, que está em queda desde setembro de 2005.

Ainda assim, os juros brasileiros continuam entre os mais altos do mundo. Os sucessivos cortes na taxa Selic ainda não chegaram a “aliviar” os juros pagos pelo consumidor como ficou demonstrado na pesquisa deste mês.

O consumidor precisa ficar atento para a necessidade de organizar sua vida financeira. Caso seja absolutamente necessário contratar um empréstimo, deve evitar: os de longo prazo que embutem custos maiores; o rotativo do cartão de crédito e o cheque especial, cujas taxas estão entre as mais altas do mercado.

Convém ter prudência, também, diante da publicidade de crédito, que pode criar uma necessidade que, na verdade, não existe ou, ainda, prometer vantagens e benefícios que nem sempre correspondem à realidade. Antes de qualquer contratação de crédito, o consumidor deve ter em mente que seu rendimento mensal estará comprometido com o pagamento das parcelas até o final do contrato.

Da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania