Pesquisa Seade/Dieese refere-se ao mês de junho
A taxa de desemprego da População Economicamente Ativa (PEA) na Região Metropolitana de São Paulo manteve-se inalterada em 17,5% em junho último se comparado ao mês anterior. A informação é da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) e Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), que divulgaram nesta terça-feira, dia 31, a pesquisa de emprego e desemprego da Grande São Paulo. O contingente de desempregados foi estimado em 1,6 milhão de pessoas.
Esse resultado corresponde, no entanto, ao acréscimo de 12 mil pessoas na parcela de desempregados, pois a incorporação de 69 mil pessoas no mercado de trabalho foi superior à geração de 57 mil ocupações no mês em análise.
O desempenho positivo da ocupação em junho se deve ao setor de serviços e outros segmentos de atividades, já que ocorreram demissões na indústria e o contingente de emprego no comércio permaneceu relativamente estável. Outro destaque são as contratações no setor público e de assalariados com carteira assinada no setor privado.
Nos últimos 12 meses, a taxa de desemprego total na Grande São Paulo diminuiu 5,9% com a criação de 211 mil postos de trabalho, associada à incorporação de 134 mil pessoas no mercado de trabalho. Esse comportamento resultou na saída de 77 mil trabalhadores da condição de desempregado.
Em maio, o rendimento médio real dos ocupados fechou inalterado em R$ 832, interrompendo trajetória de declínio registrada desde novembro de 2000. Com isso, o nível de ocupação na Região Metropolitana nos últimos 12 meses cresceu 2,9% em decorrência da criação de 211 mil novos postos de trabalho.
A Seade, em colaboração com o Dieese, vem divulgando os resultados da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de São Paulo desde 1985. Trata-se de uma pesquisa domiciliar que, a cada mês, investiga uma amostra de aproximadamente três mil domicílios localizados na região. Informações mais detalhadas sobre a pesquisa estão disponíveis no site www.seade.gov.br
Desemprego teve pequena ampliação neste primeiro semestre
No balanço do primeiro semestre de 2001, a taxa de desemprego na Região Metropolitana de São Paulo fechou em 17,4%, apresentando pequena ampliação se comparada ao segundo semestre de 2000, quando o índice fechou em 16,7%. O resultado retoma um comportamento típico para o período em análise, que havia sido interrompido no primeiro semestre do ano passado, quando se observou redução de 1,1% desse indicador.
No entanto, o crescimento de 4,2% da taxa de desemprego em 2001 foi o menor registrado para os primeiros semestres desde 1996. O contingente médio de desempregados nos primeiros seis meses deste ano foi estimado em 1,58 milhões.
Já o nível de ocupação no primeiro semestre deste ano permaneceu relativamente estável, fechando em -0,5%, se comparado ao segundo semestre de 2000. O destaque do período fica por conta do saldo positivo de contratações na indústria, cerca de oito mil pessoas e do decréscimo de ocupados que realizaram jornada de trabalho superior a 44 horas semanais (de 46% para 42,5%), invertendo trajetória ascendente de quatro semestres anteriores.
O rendimento médio dos ocupados declinou 6,7% no primeiro semestre de 2001, passando a corresponder a R$ 840. Esta é a maior redução verificada para um período de seis meses desde 1997, quando se iniciou a trajetória decrescente do rendimento dos ocupados.
