São Paulo faz parte da zona isenta de peste suína clássica, conforme resultado do levantamento realizado no ano passado pelo governo federal que envolveu 13 estados. A declaração de área livre da doença e o comunicado à Organização Internacional de Epizootias (OIE) permitirão o livre trânsito do produto no mercado internacional.
Para discutir a cadeia da suinocultura paulista e as metas para a inserção do produto no exterior será realizado neste sábado, dia 9, em Taquarituba, região de Avaré, o seminário ‘Suinocultura Paulista rumo ao Mercado Internacional. Promovido pelo Clube do Leitão, evento contará com as presenças secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, João Carlos de Souza Meirelles, Dorothea Werneck e deputado federal Arnaldo Madeira(PSDB).
De acordo com o secretário Meirelles, São Paulo não tem mais barreira sanitária que impeça o acesso aos mercados externos dos produtos de origem suína. O rebanho suíno paulista totaliza atualmente 1.600 cabeças, distribuídas entre 1.479 granjas cadastradas. O maior rebanho concentra-se nas regiões de Sorocaba (145 mil cabeças) e Bragança Paulista (128 mil cabeças). A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura (SAA), mantém um convênio com a Associação Paulista dos Criadores de Suínos para recadastramento de todas as propriedades criadoras no Estado, cujos dados estarão compilados até o final deste semestre. Desde 1998 não há caso registrado de peste suína clássica em São Paulo.
No ano passado, o Instituto Biológico realizou monitoramento sorológico em 720 matrizes com resultado zero de suspeita. Segundo dados do Instituto de Economia Agrícola, da SAA, a produção de carne suína no ano passado ficou em torno de 124 mil toneladas e representou 6% do total da produção brasileira. A região de Mogi Mirim contribuiu com 16 mil toneladas e 15 mil saíram de Avaré. O consumo de carne suína em São Paulo é de 400 mil toneladas, sendo que a produção estadual atende 31% do consumo. O IEA estimou em US$ 17 milhões o total de carne suína importada no Estado em 2000. As exportações de carne suína em São Paulo devem aumentar em relação ao ano de 1999, que fechou em US$ 410 mil, para US$ 725 mil.
Localizada a aproximadamente 300 quilômetros da Capital, Taquarituba conta com 1,2 mil mpropriedades rurais e 22 mil habitantes.
Exportação brasileira de carne suína deve crescer
A produção brasileira de carne suína em equivalente carcaças ficou estável em 2000. Estima-se que tenha sido ao redor de dois milhões de toneladas. Em relação à exportação, a expectativa para este ano, é chegar à 160 mil toneladas, número superior ao do ano passado, quando foram exportadas 125 mil toneladas. As vendas da carne suína do Brasil no mercado internacional estão concentradas em quatro países (Hong Kong, Argentina, Rússia e Uruguai).
Data: Sábado, dia 9 de fevereiro de 2001
Horário: A partir das 9 horas
Local: Recinto da FACITA – Rua Arthur Vaz, s/nº, Parque São Roque, Taquarituba/SP
