O governo do Estado de São Paulo contratou a Companhia Brasileira de Projetos e Empreendimentos (Cobrape) para elaborar o Plano Diretor de Aproveitamento dos Recursos Hídricos para a Macrometrópole Paulista. O objetivo é definir novos mananciais para abastecimento das regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Baixada Santista.
Por intermédio do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), serão investidos R$ 2,98 milhões na execução, que terá prazo de 11 meses para ser realizada. O Plano Diretor é um planejamento estratégico do Estado para os próximos 30 anos, já que o abastecimento futuro e, conseqüentemente, o desenvolvimento econômico dependem do mapeamento da disponibilidade hídrica. Com ele, será possível fazer uma avaliação das situações atual e futura das ofertas e demandas dos múltiplos usos dos recursos hídricos, dos conflitos existentes e potenciais, e das alternativas para sua resolução, tendo em vista o aproveitamento integrado das bacias.
O último documento do tipo foi elaborado para o horizonte de 2025 e se estudaram algumas possibilidades para o atendimento das demandas dessa região. Entre elas, incluíram-se a ampliação dos sistemas produtores Alto Tietê e Rio Grande, a implantação do novo Sistema Produtor São Lourenço (Alto Juquiá), a reversão dos rios Itapanhaú e Itatinga, a repactuação da outorga do Sistema Cantareira, a reversão do Paraíba do Sul para o Cantareira, novas barragens na Bacia do PCJ (rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), a perfuração de poços no Aqüífero Guarani e as reversões da Represa Barra Bonita e do Baixo Ribeira do Iguape.
Mais água – Dessas alternativas, duas têm ações em andamento. Uma é a ampliação do Sistema Produtor Alto Tietê, cujo contrato de Parceria Público Privada (PPP) foi assinado entre a Sabesp e o consórcio formado pela Companhia Águas do Brasil S/A e Galvão Engenharia S.A., em junho deste ano. As obras possibilitarão aumentar a produção de água em 5 metros cúbicos por segundo.
A outra diz respeito ao Sistema Produtor São Lourenço, no Rio Juquiá, situado na Bacia do Rio Ribeira de Iguape, cujos estudos de concepção foram contratados e estão em desenvolvimento. Com o contrato assinado neste mês, todas as opções anteriores serão analisadas, enquanto outras serão mapeadas. As alternativas passarão por análise técnica, econômica, financeira e ambiental para a escolha das mais viáveis. A confirmação das obras escolhidas dependerá de consenso entre os envolvidos, principalmente das bacias doadora e receptora.
Da Secretaria de Saneamento e Energia
