SP vai exportar conhecimentos sobre combate à gravidez precoce

Políticas públicas estaduais foram premiadas em congressos internacionais

seg, 07/07/2008 - 20h16 | Do Portal do Governo

São Paulo terá ainda neste semestre um centro de excelência destinado a exportar os conceitos usados na redução dos índices de gravidez na adolescência para especialistas de outras partes do mundo. A iniciativa surgiu depois que as políticas públicas estaduais foram premiadas em congressos internacionais na Finlândia e no Canadá.

“O exemplo de São Paulo está sendo discutido e apresentando em outros países. Queremos mostrar como essas ações foram fundamentais. Daí a importância desse centro”, frisou a coordenadora do Programa de Saúde do Adolescente, Albertina Duarte Takiuti. Segundo ela, no ano passado 106 especialistas internacionais assistiram de perto a aplicação dos conceitos adotados em São Paulo. “Na verdade, sabemos que os países de primeiro mundo investiram muito nessa área, mas os resultados ainda são pequenos. Por isso, eles têm nos procurado”, afirmou Albertina.

O centro de excelência terá apoio da OMS (Organização Mundial da Saúde) e da Opas (Organização Panamericana de Saúde).  “A nossa ação é importante porque muitas das meninas não têm oportunidade na vida. Elas deixam de estudar, de arrumar um bom emprego, sobretudo porque têm de cuidar do bebê. A idéia é retardar ao máximo essa gravidez para que ela ocorra quando existirem condições de abrigar e tratar bem dessa criança”, acrescenta o secretário estadual da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

Além de gestores internacionais, o governo paulista também vai intensificar o treinamento de profissionais de outros Estados. Somente em 2007, mais de cinco mil profissionais do interior paulista foram treinados. O esforço deu resultado. Na região de Bauru (incluindo a região de Botucatu) houve no ano passado 4.340 adolescentes grávidas, 35,51% a menos que as 6.730 de 1998. Em 2006, foram 4.551 casos de gravidez entre jovens. Na região de Marília em 2007 mais de 2.4 mil adolescentes ficaram grávidas, 40,72% a menos que as 4.128 de 1998.

Cleber Mata com Secretaria da Saúde

(I.P.)